Foi um homem generoso, com alma abençoada,
Que cedeu seu refúgio para a causa sagrada.
“Desacolhidos, venham! Aqui é o seu lugar.
Não há abandono que o amor não vá curar.”
Crianças, adultos, jovens e anciãos,
Todos com marcas e sonhos nas mãos.
PCDs que outrora foram esquecidos,
Agora têm voz, nunca mais serão omitidos.
A alegria ressoa nos cantos da casa,
É a música da vida que jamais se atrasa.
Brincadeiras, conversas, momentos de luz,
Onde o afeto é o que mais reluz.
Entre os moradores, tem a Soninha, escritora, que não sabe escrever,
Mas com o coração, faz histórias nascer.
Com palavras tortas, cheias de emoção,
Desenha em papéis o que sente no coração.
No refúgio do Lago, a dor se desfaz,
E a tristeza se esconde, não encontra mais.
Aqui, a sociedade aprende a lição,
De que ninguém merece viver na exclusão.
Oh, Brasília querida, és palco de união,
Com uma casa que acolhe e traz redenção.
Que o exemplo do lago inspire o país,
E transforme os esquecidos em pessoas felizes.
Que a chama do amor nunca venha a apagar,
E o Refúgio do Lago continue a brilhar.
Pois o que faz um lar não é chão ou teto,
Mas o amor compartilhado, puro e completo.
Por Paulo Gontijo
Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira