Robson Diego de Meneses, de 43 anos, chegou, quando era criança e adolescente, a usar sete tipos de drogas: roupinol, loló, merla, maconha, cocaína, cigarros e bebidas alcoólicas.
Ele começou com apenas 10 anos de idade. Segundo ele, não foram poucas as vezes que presenciou traficantes, ladrões e usuário de drogas na rua que morava.
Ele cresceu em Samambaia e acabou se deixando levar por influências negativas. Inspirado no que passou, resolveu ajudar crianças e adolescentes. Ele criou o projeto Brasil Skate School, e fez acontecer uma história de reviravolta inspiradora.
Assista ao documentário “Manobrando a vida”
O projeto ajuda diversas crianças a andarem de skate e incentivarem a realizar uma atividade física.
Robson admite que a mãe nunca deixou faltar comida em casa porque sempre acordava às 5h para trabalhar, mas graças à isso, deixava ele sozinho. Essa solidão culminou em uma infância conturbada e sem a supervisão de um responsável, mudando o caráter e a índole do skatista.

Ele relata que a escola não o atraía, muito menos as boas conversas, porque ele queria ser igual os outros meninos da rua, que andavam junto com as meninas, usavam as melhores roupas e tinham acesso a bicicletas.
Aos 17 anos, Robson jogava fliperama e conheceu um colega, que apresentou o “amor” na base do skate. Ele o chamou para andar, e tirou a atenção dele da vida que levava. Com o tempo, o criador do projeto conta que por muitas vezes chegou a dormir na casa do amigo e se tornou família da família do colega.
“Isso me tirou das drogas e da criminalidade pela primeira vez, pois, por amor, eu mantive meus rolês de skate, com vínculos que a gente começou a construir (ao longo do tempo). O skate foi a ferramenta de transformação da minha vida”, confessa Robson.
Confira outra história de superação pelo skate
Por Leonardo Rodrigues, Lucas de Moraes, Marcelo Thompson Flores e Pedro Vianna
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira