Com insegurança, mulheres apelam para Krav Magá

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Depois  de oito anos da Lei Maria da Penha, as mulheres no Distrito Federal (unidade com o maior número de notificações de agressão), além de denunciaram em delegacias, têm feito cursos de defesa pessoal. As técnicas de krav maga, por exemplo, têm chamado a atenção e completado turmas. Até o próprio governo local resolveu promover a técnica. Vanessa Ribeiro, instrutora de Krav Magá há 13 anos, afirmou que em uma média nacional 30% dos alunos dessa modalidade são mulheres.

A aluna Amanda Ferreira, de 28 anos, decidiu começar depois que foi seguida e ameaçada por um motoqueiro no trânsito, naquele momento, ela percebeu que precisava tomar alguma atitude em prol da própria segurança. Ela já prática há dois anos e com a técnica repara mais nas situações de perigo. “Você tem uma postura mais alerta, fica mais atenta para quem está ao seu redor e o que está acontecendo, porque antes eu era uma pessoa um pouco relapsa, você nunca acha que vai acontecer com você. Então dependendo do ambiente que você tá, você não presta atenção se tem alguém que pode te oferecer algum perigo”.

Segundo Vanessa, o Krav Magá não é uma arte marcial e sim uma defesa pessoal. A técnica tem como objetivo salvar a própria vida em uma situação real de risco em que para se defender não se usa força e todos os golpes são direcionados a pontos sensíveis do corpo da pessoa como olhos, gargantas e genitálias. Qualquer pessoa pode praticar independente do porte físico, sexo ou idade.

Perguntada se havia algum perigo ao exercer os golpes, a instrutura disse que basta a pessoa ter conhecimento da modalidade. “Você vem pra aula de Krav Magá para aprender, o perigo é você não saber se defender, não tentar nada e ser atacado na rua, nunca fazer nada pela sua defesa, pela sua segurança”.

Aulas

A Secretaria da Mulher fez uma ação em comemoração a Lei Maria da Penha na estação de metro da 102 sul que contava com oficina de Krav Magá e na última sexta-feira(8) em Planaltina com um evento com temática típica de festa junina, palestras e outras atrações.

Julia Hofmann é psicóloga do centro de atendimento à mulher de Planaltina e afirmou que eles estão preparados para dar acompanhamento multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, analistas jurídicos para orientar as mulheres que buscam por ajuda.  Ela comentou ainda que a lei maria da penha foi importante por tirar a questão da violência do privado e colocar como crime. “Um outro ponto que eu acho muito importante da lei Maria da Penha é que ela não está só preocupada em punir o agressor, ela quer a ressocialização e a reeducação desse agressor. Então, a pena não é só uma prisão caso seja necessário, mas é também um acompanhamento psicossocial para ele também”, disse.

 

Por Regina Arruda

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