Beijar os filhos pode ser fundamental como demonstração de carinho e afeto. Segundo o psicólogo infantil Alexandre Mendes, rianças precisam de contato físico saudável para desenvolver apego seguro, autoestima e empatia.
Segundo o especialista, por outro lado, a falta de demonstrações físicas pode impactar a forma como a pessoa expressa e recebe carinho na vida adulta.
Alexandre Mendes explica, no entanto, que é importante conversar com as crianças sobre a importância desse gesto como respeito à intimidade e à individualidade dos herdeiros.
Por isso, o especialista alerta que é necessário estar atento aos cuidados necessários com os limites corporais e o desenvolvimento emocional das crianças.
Beijar sim, mas sem selinho
Segundo o profissional, o contato físico é essencial para o desenvolvimento emocional das crianças, mas é necessário observar os limites das demonstrações de afeto. Uma dessas observações refere-se à prática de beijar os filhos na boca, o “selinho”.
De acordo com o especialista, a prática do beijo na boca deve ser repensada a partir dos 3 a 5 anos, fase em que a criança começa a entender melhor seu espaço e individualidade.
“A medida que a criança cresce, é recomendado que o carinho seja adaptado para formas mais apropriadas, como beijos na bochecha, abraços e palavras afetuosas”, pontua.
Alexandre Mendes também reforça a importância de ensinar sobre limites e consentimento desde
cedo.
“Mais do que certo ou errado, o importante é a criança saber que tem o direito de recusar qualquer gesto que a deixe desconfortável”, afirma.
Saiba mais sobre o beijo
Por Júlia Harlley e Evelyn Cristine Lima
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira