Veículos em Brasília apostam em consumidores como produtores de conteúdo

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As inovações digitais ampliaram as ferramentas que revolucionaram a forma de fazer jornalismo. Inclusive, a interação do profissional de comunicação com o público foi alterada. Uma aposta dos veículos de comunicação em Brasília tem sido o incentivo para que o telespectador ou internauta participe mais ativamente da programação da empresa.

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O jornalista Fernando Braga, líder de conteúdos estratégicos do Metrópoles (site de notícias), trabalha com essas novas tecnologias. Para ele, o formato da notícia e a análise de fluxo das informações devem estar presentes nesse “novo” jornalismo. “Hoje, cerca de 70% do fluxo de dados é para vídeos. Em cima disso, a gente trabalha o branding (a divulgação), por meio das redes sociais, a geração de tráfego que é usada para identificar de onde vem a audiência e a interação dos leitores, que estreita o relacionamento entre o produtor e o conteúdo”, disse. “Somando tudo isso, nós conseguimos aumentar a visibilidade e o alcance de todas as publicações e até do próprio jornal em si”, completou.

Stories

Os recursos interativos não estão somente na forma como as notícias são entregues. “Hoje, os streamings (de vídeos ao vivo) estão cada vez mais comuns e estão tendo um alcance cada vez maior. O Facebook, por exemplo, promove, ainda mais, aqueles usuários que estão em live (ao vivo)”, comentou. Mas não é só a rede social que traz essa ferramenta. “O insta stories, ferramenta do instagram está sendo muito utilizada para levar os bastidores das redações para os espectadores. Pelo formato ser bem informal, a audiência se relaciona muito mais com o jornal”, pontuou. Dessa mesma forma, aquele que era apenas consumidor de informação, passa a ser, também, produtor.

Prosumers

Para a coordenadora multimídia da TV Brasília, Marina Amaral, a plataforma que também tem aproximado a emissora com o público é o whatsapp. “Nós identificamos três gerações de usuários. Aquela que só usava a televisão, aqueles que estão entre a televisão e os dispositivos móveis e aqueles que só utilizam os dispositivos móveis. Percebendo isso, nós passamos a utilizar o whatsapp (aplicativo de mensagens instantâneas) para se comunicar com essa terceira geração”, falou. Nessa plataforma, audiência se transforma em prosumers, um neologismo para identificar quando o consumidor de informação se transforma em produtor de conteúdo. “Além de enviarmos as reportagens para eles, recebemos sugestões que podem virar pautas. Além disso, também podemos contar com eles para confirmar algum tipo de informação que também recebemos e não conseguimos apurar de prontidão”, disse.

Segunda ela, nós somos “bombardeados”, diariamente, com diversas informações, sendo que muitas não nos atingem ou nos interessam. “Nós fizemos uma distribuição segmentada pelo aplicativo. Nós sabemos que uma notícia relacionada a Santa Maria (região administrativa a 30 km de Brasília), não vai interessar moradores de outras regiões, mas sabemos que uma greve de ônibus afeta todo mundo. Por isso, mandamos para todos os grupos”, explicou. É através do mesmo aplicativo que eles buscam mais público. “Uma massa da televisão tradicional conversa com outra do Whatsapp. Essa terceira geração quer se ver na TV, então, a gente busca levar os assuntos para o canal a fim de agregar mais público”, falou.

Por Gabriel Lima e Giovanna Pereira

*Sob supervisão de Luiz Cláudio Ferreira

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