A participação da comunidade na elaboração de conteúdo jornalístico é fundamental, pois aproxima o expectador do veículo, é o que afirma o âncora da CBN Brasília, Estevão Damazio e a editora de telejornalismo da Rede Globo Aliene Coutinho.
Assista aqui à entrevista de Aliene Coutinho
Damazio explicou que existe diferença entre as definições de jornalismo participativo e comunitário. De acordo com ele, o participativo é feito pela população, já o comunitário, é realizado por jornalistas profissionais com o objetivo de servir à comunidade. “Em ambos os casos, duas coisas não podem faltar: a responsabilidade e a boa apuração”.
Segundo o âncora para elaborar as pautas deve-se pensar na rotina da população e nos problemas vivenciados por elas no dia-a-dia , caso contrário, o profissional se perderá no processo da comunicação. Isso porque, hoje o cidadão quer como espelho um meio de comunicação que o valorize e ao mesmo tempo preocupe-se com os desafios e anseios que ele tem diariamente.
Assista aqui à entrevista de Estevão Damázio
Para Aliene Coutinho, o jornalismo comunitário é a voz da sociedade. Ela exaltou a participação da comunidade na televisão através do envio de imagens e entrevistas gravadas. Entretanto, ela garante que, antes do material ser veiculado na TV, é analisado pelos profissionais da emissora. Ela explicou que nem tudo que é enviado pode ser veiculado, já que muitas vezes não seguem critérios para o quadro de jornalismo participativo, que devem ser respeitados como, por exemplo, veracidade.
Os veículos de comunicação precisam acompanhar o novo método de construção da notícia. “Ou se modernizam e fazem com que as pessoas se sintam dentro dela (televisão) e tenham mais acesso ou ela cai por terra”, comentou Aliene Coutinho.
Ouça a entrevista:
Por Elisa Whately e Karla Pereira