Mau uso de redes sociais pode agravar crises

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É questão de poucos segundos para que a imagem de uma empresa possa mudar. De repente, uma instituição, por algum escândalo, tragédia, ou infortúnio, pode entrar em crise e todos os holofotes da mídia estarem voltados para ela. Bastam alguns segundos para que o caos esteja instaurado e seja necessário tomar medias rápidas para controlar uma situação imprevisível. E foi justamente esse tema que o professor José Forni discutiu em uma faculdade de Brasília.

 De acordo com Forni, as principais condições para uma crise, acontecem quando há uma ameaça severa a uma instituição,  uma incerteza em relação a uma situação e uma urgente necessidade de atitudes rápidas. Para ele, a notícia da crise de uma empresa se espalha tão rápido justamente porque as redes sociais são um ambiente propício para o fluxo de informação. Nessa nova era digital, as pessoas são monitoradas o tempo todo. E é essa a importância de um pronunciamento tão rápido por parte da instituição afetada, para a mídia. “Se a empresa ou instituição não se pronunciar, com certeza alguém falará por ela, e isso pode ser muito pior para a imagem da empresa, ou pessoa afetada pela crise”, explica Forni.

 

Forni também explicou que a opinião pública se forma nos primeiros minutos da crise. De acordo com ele, é preciso que a instituição afetada se pronuncie nos primeiros minutos do acontecimento, já que na era das redes sociais vive-se em uma sociedade em que tudo é vigiado.

 

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De acordo com o professor de jornalismo Henrique Moreira a empresa ou instituição precisa saber administrar a situação. “O nome de uma empresa é o mais valioso que ela tem, por isso é essencial ter um profissional encarregado para ser o porta-voz da empresa e um assessor de imprensa para gerenciar as questões de crise”.

Forni explicou que, durante uma crise, a instituição ou empresa precisa pensar primeiramente nas pessoas envolvidas no acontecimento. Alguém corre risco de morrer? É preciso pensar no bem-estar das pessoas antes de tudo. Depois, a preocupação deve ser com o meio ambiente e com os desastres naturais que podem acontecer em uma eventual crise. Só depois deve-se pensar em propriedades como instalações e prédios. E, apenas por último, deve-se pensar no dinheiro que foi perdido em uma crise. Na maioria das vezes as grandes empresas se preocupam demais com o dinheiro e se esquecem que o mais importante em uma crise são as pessoas que estão envolvidas nela.

Outro ponto importante ressaltado por Forni é que mais de 80% das crises vêm de dentro das organizações. E, por incrível que pareça, quase todas elas podem ser previstas. “O objetivo da gestão de risco é, o tempo todo, preservar a vida humana”, explicou ele. Em primeiro lugar é preciso assegurar que vidas não sejam perdidas.

Por Bruna Goularte

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