“Unidos somos fortes. Macaco não mata macaco” Com esse discurso, César (Andy Serkis) marcou a nova trilogia de Planeta dos Macacos. Após o final marcante de “Guerra pelo Planeta dos Macacos” , o legado de César perdura por gerações até “Planeta dos Macacos: O Reinado”.
Com estreia nas telonas nesta quinta-feira, 9, o longa acompanha o mundo diversas gerações após a morte de César, onde macacos vivem pacificamente em suas vilas e seres humanos quase extintos, forçados a viverem escondidos nas sombras.
Noa, um jovem macaco de uma vila cuidadora de águias, parte em uma jornada em busca da liberdade de seu clã após um líder macaco capturá-los.
Confira o trailer
Com a saída de Matt Reeves, Wes Ball ( Maze Runner ) assume a direção com respeito ao trabalho construído anteriormente. O longa homenageia a última trilogia e os ideais trabalhados por Matt Reeves, além de trazer uma nova visão e reflexão sobre tais ideais.
Efeitos
Cenas de ação e efeitos visuais mantêm a qualidade de seu predecessores prendendo o espectador na tela, apreensivo, maravilhado e chocado.
O contraste do mundo que conhecíamos com o apresentado nos leva a ponderar sobre qual realmente é melhor e como a arrogância humana acaba com a beleza que a Terra realmente oferece.
A narrativa e os cenários trabalham em conjunto para nos situar neste novo mundo e conectar com os acontecimentos passados assim como a reverberação dos ideais criados por César.
“Algo maior”
A obra aborda como eles não apenas são mantidos por poucos mas também distorcido por outros. Uma crítica que se adequa a situação vivida por muitos hoje em dia, pessoas causando a morte em nome de “algo maior”.
Além disso, o longa trabalha as relações tanto entre as espécies quanto entre macacos e humanos, assim como já era abordado anteriormente.
Nesta obra, a relação de desconhecimento da nova geração de macacos com a história cria um desafio de confiança entre Noa e Mae, uma humana que encontra em sua jornada que é uma peça chave para encontrar seu clã.
Imagem: Divulgação
Nova técnica
Apesar dos principais atores não darem as caras, sua performance não passa despercebida. Desde “Origem do Planeta dos Macacos”, a técnica motion capture é utilizada para a interpretação dos atores como macacos.
Com essa técnica não apenas o rosto é modelado a partir do ator mas os movimentos e expressões são capturados pela tecnologia.
Narrativa
O elenco principal formado por Owen Teague,Peter Macon e Freya Allan, demonstra muita química e trabalham bem na construção e desenvolvimento de seus personagens ao longo da trama.
O amadurecimento de Noa, o poder da palavra de César carregada por Raka e a confiança adquirida por Mae são evidentes e coerentes com o roteiro e narrativa, proporcionando ao espectador a aproximação com os personagens e a se sentir apreensivos por eles.
O filme reflete as relações interpessoais entre os mais diversos personagens e a manipulação da palavra de César para engrandecimento e realização pessoal, como dito antes, algo que se encaixa em uma realidade mundial, não apenas hoje em dia mas durante eras da história mundial.
Ficha Técnica
Título Original: Kingdom of The Planet of the Apes
Direção: Wes Ball
Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Amanda Silver
Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Peter Macon, Kevin Durand
Gênero: Ação / Ficção Científica
Duração: 2h25
Classificação Indicativa: 14 anos
Por Caio Aquino*
*O repórter assistiu à pré-estreia do filme a convite da Espaço/Z
Trailer e fotos: Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
