“The Flash” apresenta viagens no tempo e multiverso

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Imagem: Divulgação/Warner

Depois de uma série de TV e de uma aparição em Liga da Justiça(2017), o velocista escarlate finalmente é protagonista de um longa em The Flash. O filme entra em cartaz no dia 15 de junho.

O mais novo filme do universo cinematográfico da DC Comics faz uma adaptação da HQ Flashpoint de 2011, em que Barry Allen (Ezra Miller), o Flash, usa seus poderes de velocista para voltar no tempo e impedir o assassinato de sua mãe. Porém ao voltar para o presente, ele percebe que alterar esse acontecimento também altera toda sua realidade, como a não existência de alguns heróis e versões diferentes de alguns de seus companheiros.

Assista ao trailer:


Produção turbulenta e nostalgia

O diretor argentino Andy Muschietti dá prosseguimento ao conturbado Universo Cinematográfico da DC Comics, dando ponto final aos personagens imaginados pelo diretor Zack Snyder, para as novas versões do diretor James Gunn, que terão seus filmes desenvolvidos nos próximos anos. Até por se tratar do “encerramento” de uma era dos filmes da DC Comics se justifica o orçamento de 220 milhões de dólares.

O ponto mais forte do filme é a exploração de poderes do Flash, agora muito mais criativos e variados do que somente a câmera lenta para provocar uma sensação de alta velocidade. O melhor exemplo disso são as cenas em que o Flash vibra para se tornar intangível. Até mesmo o Barry Allen da nova realidade (Ezra Miller) apresenta formas novas de usar a força de aceleração.

Ezra Miller é um Barry Allen carismático, porém surpreende o fato dele ter de fato voltado ao papel de Flash. Depois dos casos em que enforcou uma fã e que foi preso por agressões, seria compreensível e recomendável a escolha de outro ator para substituí-lo.

Entretanto, o retorno de Michael Keaton como Batman é um acerto. Para a audiência que conheceu o Batman em sua versão do diretor Tim Burton no filme de 1989, vai sentir a nostalgia de reconhecer alguns elementos daquela película. Ben Affleck também reprisa seu papel de cavaleiro das trevas, porém com menos destaque do que a versão de Keaton.

Viagem no tempo e multiverso

Imagem: Divulgação/Warner

Abordar tramas temporais e múltiplas realidades costuma ser um desafio para os roteiristas, afinal trabalhar com a lógica da viagem no tempo geralmente cria furos de roteiro. Misturar essas ideias com multiverso então se torna uma tarefa muito mais complicada, porém The Flash encontra uma forma de conciliação: limitar a exploração do multiverso a breves (porém muito bem-vindas) referências aos fãs, enquanto se baseia em deixar a viagem no tempo mais fácil de compreender.

Conclusões

No meio dessa narrativa que mistura versões passadas dos heróis com outras versões alternativas, o que o filme traz de mensagem é que acontecimentos traumáticos do passado nos moldam, porém não precisam nos definir nem ser a direção do que podemos fazer no futuro.

É divertido acompanhar o retorno do Batman de Keaton à ação, bem como o leque de possibilidades que um super herói com poderes de velocidade traz para a tela. O conflito de Barrys de realidades diferentes também é divertido, e nos faz pensar como seria nossa relação com nossas versões do passado.

Porém desfecho do filme é acelerado, porém amarra as tramas que apresenta e consegue deixar preparado o terreno para novas versões dos heróis da DC Comics, principalmente ao criar um cenário em que não dependa mais de Ezra Miller.

Da mesma forma que os efeitos especiais trazem possibilidades interessantes para o Flash, é preciso ser dito que deixam a desejar em diversas cenas. São detalhes que tiram a imersão da audiência ao notar elementos muito pouco convincentes.

O filme possui uma cena pós-créditos.

Ficha Técnica

Elenco: Ezra Miller, Michael Keaton, Sasha Calle, Ben Affleck, Michael Shannon;

Roteiro: Christina Hodson;

Direção: Andy Muschietti;

Gênero: Ação, aventura, fantasia;

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos;

Duração: 2h 35min;

Origem: Estados Unidos da América;

Distribuição: Warner Bros. Pictures.

Por Vinícius Pinelli*

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

*O repórter assistiu ao filme na pré-estreia a convite da Espaço/Z

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