Agências de modelos têm considerado a necessidade de inclusão de pessoas de diferentes características levando em conta necessidades físicas, sensoriais e psicológicas.

Um desses projetos é a Fashion Inclusivo, que oferece treinamentos para desfiles para pessoas que queiram abraçar o mundo da moda.
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A presidente do projeto, Gloria Martins, afirma que o desejo de adotar essa prática surgiu dos ideais de mudança.
A proposta é transformar a forma como a sociedade enxerga os corpos com deficiência, de modo a evidenciar a beleza.
“O projeto vai além das passarelas e promove autoestima, autonomia e inserção social.”
A associação ainda não possui sede própria, mas utiliza o espaço oferecido pela Associação DF Down.
Criada em 2010, a organização não tem fins lucrativos. Gloria Martins celebra os 15 anos da iniciativa em novembro e mantém o lema: “preconceito? Está fora de moda!”.
Como um ramo conhecido pelos “padrões”, quem é adepto dessa ideia defende que a moda, cada vez mais, precisa representar corpos reais e uma diversidade maior, seja em coleções, vitrines ou desfiles.
Além das palavras
Outra agência que abraçou a ideia de moda inclusiva foi a Gloss Model.
A diretora artística da empresa, Andréia Storrer, de 48 anos, conta que o objetivo sempre foi ser uma agência de modelos verdadeiramente inclusiva.
Entre os modelos, há PCDs e pessoas com diferentes tipos de deficiência. “Na Gloss, a inclusão na moda vai além de palavras: é a prática de abrir portas para modelos reais”, afirma.
Entretanto, Andréia diz que a insegurança é o maior desafio enfrentado pelos modelos, devido ao medo de acharem que não estão prontos para o mercado.
Por Giulia Moura
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira