O artista plástico venezuelano Ramón Maldonado Díaz, de 68 anos, expõe, a partir de semana que vem (dia 7), o resultado de 23 telas naif. A mostra intitulada “Extrassensorial Alegría 2023” vai estar aberta ao público, na cidade de Pirenópolis (GO), na Pousada dos Pirineus. Os trabalhos do artista, que completou 50 anos de carreira, podem ser visitados durante todo o mês de abril.
Ele explica que as obras mesclam a arte naif, o impressionismo e o surrealismo. Diaz promete levar a alegria e as cores para “aqueles que precisam”. No dia da vernissage, o artista também vai pintar telas ao vivo.
O artista, que é premiado internacionalmente, garante que a exposição conta com um estilo marcante e linguagem única. Ramon leva à cidade goiana suas obras com e promete encantar e inspirar os visitantes com suas obras vibrantes e emocionantes.
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Naif
O termo vem do francês, e significa “Ingênuo”, pois a arte naif é autêntica. Seus artistas não seguem regras convencionais e normalmente não possuem formação acadêmica. Eles são livres para expressarem suas emoções sem se prenderem a técnicas ou estilos. E por isso são ingênuos
Sobre o Artista
Ramon Maldonado Diaz é um artista venezuelano, nascido na Villa de Todos los Santos, na cidade de Guárico. Ele iniciou sua carreira artística adolescente, quando em um trabalho da escola, pintou um Jesus moreno de olhos pretos, percebeu o dom e pediu para benzer seu quadro. Desde então, ele teve a oportunidade de conhecer importantes mestres da arte popular, como Armando Reverón e Salvador Valero, e incorporar suas influências em sua própria obra.
O artista explica que suas obras são uma mistura de temas naif, impressionistas e surrealistas, abordando temas como amor próprio, fé em Deus, resiliência e solidariedade.
As cores vibrantes de suas pinturas são inspiradas em cromoterapia e têm o objetivo de trazer alegria e equilíbrio emocional para o espectador.
No Brasil
Ele diz que a chegada foi conturbada pela dificuldade linguística. “Para melhorar a fluência no idioma portugues, tive que me obrigar a escutar os discursos diários do ex-presidente do Brasil, Ernesto Geisel (no Planalto, entre 1974 a 1979)”.
Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás. Ele se apaixonou pelo Brasil e pôde misturar a temática naif, o impressionismo e o surrealismo as cores do país que o acolheu.
Com mais de 100 obras espalhadas pelo mundo, Ramon recebeu diversos convites do mundo da arte, para vários países, para de expor suas obras. Considera-se patrimônio mundial por esses feitos.
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Por Natália Santos (texto e fotos)
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira