O artista Alessandro Oliveira cultiva desde a infância um talento diferenciado: o assobio. Ele iniciou o projeto “Fazendo o Bico”. Os amigos músicos que o estimularam a produzir este projeto quando conheceram sua performance no assobio. A iniciativa reuniu vinte dos mais requisitados instrumentistas da cidade para atuar junto a ele. Conheça um pouco mais sobre o idealizador de “Fazendo Bico”, Alessandro Oliveira e de seu projeto que reúne diversos estilos e sonoridades, a riqueza da música feita na capital.
- Por que o nome do projeto é “Fazendo Bico”?
Porque o projeto tem como atração principal um assobiador. Há várias formas de assobiar, mas a que eu uso é a mais comum que consiste em fazer um biquinho e assoprar. “Fazendo Bico” foi a forma mais literal que eu encontrei para descrever esta técnica.
- O senhor possui o desenho de trazer mulheres para outras edições?
Há várias mulheres que fazem parte da cena musical brasiliense que poderiam fazer parte do trabalho como Tatá e Danú e Flora Matos, filha do Renato Matos.
- O senhor pensa em apresentar o projeto em outros lugares da cidade?
Acreditamos que partir da divulgação do projeto, de receber apoio de entidades como O Fundo de Apoio a Cultura e do reconhecimento deste haverá uma possibilidade de fazer outra edição contemplando outros artistas.
- O senhor sabe tocar algum instrumento?
Toco instrumentos de percussão, mas não sou músico profissional. Sempre me mantive muito próximo a música, mas nunca tive o ímpeto de tornar a música uma profissão.
- Como o senhor conheceu os artistas do projeto?
Eu os conheci quando trabalhei com rádio em uma emissora local. Além de fazer entrevistas, eu também gravava shows e foram estes artistas que me incentivaram a fazer este projeto e acabou saindo um disco com a participação de vários deles.
- Quais são suas principais referências na performance do assobio?
São assobiadores que participam de concursos de assobio, um assobiador holandês que participa de uma orquestra e o saxofonista e assobiador desde os anos 80, Milton Guedes que cresceu em Brasília, fez parte da banda do Lulu Santos e atualmente seguem em carreira solo e também é irmão do Marquinhos Guedes, coordenador do Clube do Choro. - O senhor pensa em levar este projeto a outros Estados?
Este projeto musical foi voltado inicialmente para o registro. Não tivemos a oportunidade de montar uma apresentação devido a quantidade de músicos que participaram, tendo em vista que seria difícil conciliar nossas agendas, por isto, neste momento estamos divulgando esta proposta que é fazer o assobio um objeto solista. A partir de uma segunda edição e a formação de uma banda com menor números de músicos teremos a possibilidade de se apresentar em vários Estados.
Por Ana Clara Avendaño