“Coisa mais Linda”: série nacional aborda desigualdade na década de 50; assista a nosso vídeo

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O filtro vintage, os óculos de gatinho e o surgimento da Bossa Nova são algumas das referências que a série recém lançada da Netflix, “Coisa mais linda”, usa para descrever a segunda metade dos anos 1950. Apesar de todo o cenário “bonito” construído em torno do Rio de Janeiro (ainda capital) e da vibe retrô que enche os olhos, fica claro, ao longo dos episódios, que o foco é discutir  a desigualdade social em torna das personagens da história.

Nossas repórteres Giovana Marques e Gabriela Bernardes conversaram sobre a série

Rica de berço, Maria Luiza (Maria Casadevall) se muda de São Paulo para o litoral com a expectativa de encontrar o marido Pedro, com quem abriria um restaurante — o sonho dele. Chegando lá, não encontra nem o marido, tão pouco as promessas que ele tinha feito. Para sorte dela, conta com Lígia (Fernanda Vasconcellos), uma antiga amiga, se aproxima do mundo da música com a figura de Chico (Leando Lima) e do empoderamento com a repórter Thereza (Mel Lisboa). Mas é com Adélia (Patrícia Dejesus) que Maria aprende mais. As duas se juntam para tornar realidade um clube musical nos subsolos do RJ. Negra, pobre e do morro, Adélia é uma lição de vida e do que não são privilégios.

Confira cena que viralizou e trata sobre a luta da personagem por igualdade

 

Os diretores Heather Roth e Giuliano Cedroni não economizaram no drama, mas o romance caloroso chega equilibrando todos os conflitos. A paixão, na série, é quase como uma protagonista. Maria Luiza se apoia nos sonhos, anseios e se apresenta como uma crescente figura feminina. Todos os personagens vivem tramas dignas de holofotes e que debatem de forma clara a necessidade de refletir sobre o falso progresso dos costumes antigos.

Confira trailer da série

 

Inspiradora, a série cria um laço com o telespectador fazendo chacotas e piadas sobre o machismo da época. O que não se espera, de início, é que aquele tempo tenha tanto de semelhante com o atual. Maus tratos contra a figura feminina, desigualdade , direitos negados, objetificação da mulher e hipersexualização são debatidos até o fim. Mesmo com tantas dificuldades, as personagens se apoiam e, além da amizade, criam também força para chegar onde querem, uma verdadeira coisa linda.

Por Giovana Marques

Edição de vídeo: Ronalt Silva

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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