Com música, dança e teatro, festival arrecada alimentos para 4 projetos sociais do DF

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O Festival BrasilArte começou na quarta (17) e vai até o dia 21 de agosto, no SESC Sílvio Barbato, no Setor Comercial Sul.  Para entrar no evento, basta levar dois quilos de alimentos, que serão doados para quatro comunidades do Distrito Federal. O Festival abriu com o violeiro Cacai Nunes, se apresentando pela primeira vez após a pandemia e o grupo de dança Luh Lemos, projeto da Ceilândia voltado a trazer a dança e a música a vida dos jovens da comunidade. 

Confira programação do evento

Viés Social

O Festival BrasilArte tem o objetivo de ajudar quatro comunidades do Distrito Federal, Jovem de Expressão da Ceilândia, Creche da Vovó Luziamar da Estrutural, Comunidade Bucanhão de Brazlândia e Instituto Alimentando Vidas da Estrutural.

As idealizadoras Ester Braga e Paula Melo trouxeram para o festival a valorização e visibilidade da expressão artística de mulheres, de negros e de membros da comunidade LGBTQIA+.

 

Idealizadoras do projeto Festival BrasilArte: Paula Melo (à esquerda) acompanhada por Ester Braga.

Brasília: polo agregador de todas as culturas

“Sem arte e sem cultura, nenhum país pode ser chamado de nação”, disse Ester Braga na abertura do evento.

A idealizadora e coordenadora geral do projeto, Ester Braga, explicou que a ideia do projeto é valorizar os artistas de Brasília, mas conseguindo falar da cultura de outras regiões. “Brasília é um celeiro, um polo agregador de todas as culturas, as artes, de todos os estados e  regiões. Então, a gente pensou em fazer uma coisa que dialogasse com as regiões, mas com os talentos de Brasília” disse a idealizadora.

 

Viola caipira

 

O violeiro e pesquisador musical, Cacai Nunes, foi o primeiro a se apresentar no festival. Apesar de ser pernambucano, o cantor estava representando o Centro-Oeste com a viola caipira. Mas, disse que sua origem, também tem influência em seu trabalho, utilizando como inspiração a luta e a fé do povo nordestino. “O mais importante é poder carregar essa sabedoria nordestina”, disse o violeiro.

Cacai Nunes

O cantor estava se apresentando pela primeira vez após a pandemia. “Confesso que eu nem me lembrava como é que era isso aqui”, disse o violeiro.

Ele também expôs que está muito feliz em voltar aos palcos. “Poder, enfim, transmitir aquilo que a gente mais sabe fazer, aquilo que a gente tanto se dedica a fazer”.

 

Ceilândia

 

Luh Lemos, Lua Costa, Letícia Taina, Michelly Sousa e Kelly Cristina.

 

O grupo de dança Luh Lemos é um projeto na Ceilândia com o objetivo de mostrar aos jovens, na música e na dança uma forma de mudar a realidade, mudar a história deles.


“Dança pra mim é vida, é uma uma questão de sobrevivência”, disse Luh Lemos.

 

A dançarina explicou que passou por um período difícil em sua vida e que foi a dança que a tirou daquilo. 

O grupo se apresentou junto com o DJ Marola logo após Cacai Nunes, com as integrantes Luh Lemos, Lua Costa, Letícia Taina, Michelly Sousa e Kelly Cristina, trouxeram o ritmo do Hip Hop e do Charme, animando a noite do público.

A ideia de criar o grupo veio da dançarina Luh Lemos. Ela dança desde os 4 anos e sempre quis ser professora, então quando surgiu uma quadra na QNR 2 viu a oportunidade de levar o que amava para sua comunidade. “O meu amor maior pela dança não é nem tanto dançar, e sim ensinar” disse Luh Lemos.

A dançarina também explica que viu no grupo a oportunidade de reconstruir a ideia do charme, estilo de dança popular nos anos 80, trazendo para a nova geração. “ É uma dança tão bonita, um estilo tão bonito, ele não pode morrer.” disse a criadora do projeto.

Por Maria Clara Britto (texto e fotos)

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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