Neste final de semana, a capital federal recebeu o maior evento de cultura nipônica do Centro-Oeste, a Feira do Japão. A cerimônia contou com diversas atrações, como degustações da culinária típica – disponibilizadas pela Embaixada do Japão – atrações artísticas, feiras de artesanato, workshops e o Tooro Nagashi, uma homenagem para as vítimas da pandemia, encerrando as atrações da feira.
O evento contou com a participação de um público com milhares de pessoas, dentro dos limites sanitários. A presença de famílias, amigos e casais fez com que as pessoas presentes tivessem que enfrentar longas e estressantes filas na área da alimentação, apesar do clima festivo e alegre.
O evento pretende voltar mais forte em 2022 (Imagem: Divulgação/Feira do Japão 2021)
No entanto, mesmo com a aglomeração e espera, muitas pessoas não deixaram de marcar sua presença, muitos vestidos a caráter, com trajes tradicionais do país asiático e os famosos cosplays, especialmente dos animes (animações japonesas), que também já criaram sua fama no Brasil, desde os mais tradicionais como, Dragon Ball Z e Naruto, até os mais recentes, como Attack on Titan e Demon Slayer.
Algumas dessas pessoas que vieram fantasiadas foram Nicolas, 33, e sua filha Lavínia, 11, acompanhados de Carlos, 34. Eles estavam vestidos, respectivamente, de Deku, Bakugou e Tokoyami, personagens do anime Boku no Hero Academia. “Quando a gente vê um personagem no anime e gostamos dele, nós podemos dar vida para ele através do cosplay. Outras pessoas também se identificam e vem tirar foto, é bem legal”, afirma Carlos. Nicolas evidencia que só começou a participar dos eventos aos 31 anos, por influência de sua filha, e tinha muita vergonha, porém deixa um conselho para aqueles que têm interesse.
“Não tenha vergonha. Se gosta, vai lá e faz. Nos meus primeiros era sempre de máscara, porque ficava com vergonha, mas depois deixei isso para lá. Se você tem vergonha, esquece ela e vai se divertir que é bem melhor”, frisou.
Nicolas, Lavínia e Carlos foram muito tietados com seus cosplays de Boku No Hero (Foto: Arthur Ribeiro)
Hiromi Takano, psicóloga, pintora e arteterapeuta, também marcou sua presença na feira, junto de sua filha Mikha, responsáveis pela exposição interativa de Sumi-e (técnica de pintura oriental e ancestral de desenho monocromático). “Esse evento é uma oportunidade tanto para quem está divulgando quanto para quem veio ao evento conhecer a cultura japonesa. Aqui nós estamos apresentando, por meio da Embaixada do Japão, as oportunidades de intercâmbio entre o Brasil e o Japão. Creio que no dia a dia seja difícil encontrar um meio para vocês terem acesso a esse tipo de informação”, declarou.
Para 2022, o evento espera voltar com o nome original “Festival do Japão” para uma grande festividade, já que será a 10ª edição. A expectativa da produção é trazer novamente à tona diversas atrações e novidades culturais, gastronômicas e artísticas, para todos os públicos admiradores e interessados na cultura do país.
Por Lorena Rodrigues e Arthur Ribeiro