“Pretendo tocar as pessoas”. Esse é o objetivo da diretora brasiliense Fernanda Carvalho, 28 anos, que vai estrear o curta documental “Allice” na próxima quarta-feira (15). O filme conta a história de uma drag queen carioca. No entender da diretora, é necessário evocar um olhar mais amoroso e sensível, e menos preconceituoso. “A ansiedade com a estreia é muito grande, porque estamos à mercê do público. A gente espera que seja bem aceito”.
A diretora do documentário esclarece que esse é o primeiro curta metragem que produziu. Artista plástica e com graduação em design de moda, a diretora lembra que a produção levou em torno de cinco meses e que a maior parte da equipe é composta por brasilienses. “É uma produção totalmente independente”, ressalta.
O personagem
Após a irmã ter depressão pós-parto, Alexandre Loyola, carioca de 46 anos, veio para Brasília, antes dos 18 anos, para ajudar a irmã. Ao chegar, desempregado, ele trabalhou em loja de festas com produção de enfeites e animação e depois começou a produzir bombons caseiros. “Fui convidado para uma festa em Taguatinga, em que drags não pagariam entrada. Fui para esse evento e viciei, gostei de me vestir e montar”.
O nome de drag Allice é inspirado na história Alice no País das Maravilhas e o sobrenome Simpson na animação Os Simpsons. Mas Alexandre ficou conhecido como Allice Bombom devido à produção e venda de chocolates pelos bares da cidade. “O público escolheu meu sobrenome”. Após conhecer a diretora Fernanda na faculdade, Alexandre propôs que ela produzisse o curta sobre a história dele. Ele afirma que com certeza a vida dele “daria um longa”. Por enquanto, porém, está ansioso para estreia do curta quando poderá compartilhar as essências do que ele é e também a do personagem que criou.
Serviço:
Filme Allice
Diretora: Fernanda Carvalho
Estreia: 15 de junho
Horário: 22h
Onde: Cine Brasília (EQS 106/107)
Entrada gratuita
Por Daniella Bazzi
Fotos: Arnaldo Saldanha
Supervisão: Luiz Claudio Ferreira