Henrique Raynal, diretor do filme “Casebre”, vencedor de 11 prêmios, diz que o filme é um resgate e uma homenagem à avó.
Em entrevista à Agência de Notícias CEUB, o cineasta revela que as ideias de “Casebre” partem da relação que tem com a familiar. Henrique expõe que eles são muito diferentes e que a história do longa-metragem origina-se pelo amor que sente pela parente, “o filme vem desse lugar, do meu amor pela minha avó”.
O neto, Benedito é um homem que está em muito sofrimento e o caminho dele é encontrar a avó. Conceição é o oposto dele, é uma pessoa que tem muita vida. Enquanto o tempo dela está acabando, o dele está florescendo e Benedito não sabe o que fazer. “Essa troca é o coração do filme.” relata Henrique.
Confira a entrevista
Sensibilidade
Durante a escrita do filme, Henrique considera que foi um processo catártico, “o personagem parte de uma relação de família e chega em tudo que estava doendo em mim”.
Além disso, ele crê que, no filme, pôde transmitir essas temáticas humanas “é efervescente essa questão de identidade, cultura, social, étnica e religiosa, e eu tinha alguma coisa para dizer sobre isso através dos personagens”.
Temas como sexualidade, ancestralidade e identidade estão presentes no filme, Henrique acredita que esses assuntos, tão singulares, delicados e humanos, podem tocar os espectadores por meio da identificação. “O cinema tem o poder de transformar a vida das pessoas, mas só se elas virem em tela”.
Produção
Para Henrique, o processo de produção de “Casebre” foi recompensador, mas um tanto agitado. “O filme tem ganhado um espaço, emocionado as pessoas e isso para mim não tem preço, mas como é fazer um filme? É uma loucura, é não dormir, é correr…” O cineasta acredita que o filme é forte e delicado, e durante a entrevista, diz que cada gota de suor tem significado.

Casebre é um filme brasiliense independente feito com o fundo de apoio à cultura (FAC). Gravado no Areal e protagonizado por profissionais e artistas da capital, o longa-metragem já acumulou 11 prêmios através da América Latina.
Por Davi Moisés
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira