O cosplay atualmente tem ganhado grande destaque nas comunidades geeks, se tornando uma das atividades que mais está presente em eventos, especialmente no Brasil. Essa cultura se faz presente em eventos como Comic Con, Festivais Japoneses e muitos mais.
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Alguns tratam como uma atividade profissional, podendo ser contratados, com intuito de trazer um lado mais lúdico aos eventos e em especial às crianças.
Já outros enxergam o cosplay como um hobby divertido. Visando participar de eventos como o Geek Verse Festival, em Taguatinga, para brincar e curtir a ocasião.
“Não tenham medo de começar como cosplayers é um universo muito divertido pode até haver timidez, mas é uma coisa que é quebrada com o tempo após embarcar neste mundo incrível”.
Karen Brasil, trecho da entrevista
Experiências
Karen Brasil, 32, já está no universo do cosplay há dois anos. Ela gosta muito do que faz e em entrevista à Agência de Notícias CEUB, incentivou que mais pessoas iniciem suas trajetórias como cosplayers. Desfruta de eventos do mundo geek adotando a personalidade e alguns dos trajes de suas duas personagens favoritas, Super Girl heroína do universo DC e Ahsoka guerreira de Star Wars.
Já Vick Ferreira, 27, acrescenta ao incentivo de Karen Brasil afirmando que participar de festivais como o Geek Verse é incrível. Em eventos como este que Vick prioriza adornar-se como seu personagem preferido, o arqueólogo Indiana Jones.
“É uma tudo uma grande brincadeira, é muito legal pois são em eventos como esse em que temos a oportunidade de esquecer um pouco da vida chata que temos lá fora com faculdade, escola, trabalho e toda correria. É muito bom poder ser herói por um dia.”
Vick Ferreira
Assim como muitos, o cosplay faz parte da vida de Vick Ferreira desde criança quando sua relação com esse mundo já se mostrava bastante especial. Ele aproveitava o tecido dourado das bandejas de salgadinhos de festas de aniversário para fabricar suas próprias fantasias de cavaleiro medieval.
Hoje, Vick também ajuda jovens cosplayers que desejam fantasias legais. Pois agora tem a fabricação própria de chapéus, coldres, entre outros acessórios.
Diversidade
A inclusão é uma das grandes características entre os cosplayers, pois não é necessário que uma pessoa que deseja iniciar nesse universo frequente eventos geeks com uma fantasia de deixar as pessoas boquiabertas, basta apenas que ela use a roupa que melhor represente sua personalidade.
São várias possibilidades nesse mundo, entre elas super-heróis e personagens de animes fantasias que sempre estão na lista de preferência dos cosplayers. Às vezes um herói é muito mais do que apenas uma pessoa que dedica seu tempo para enfrentar vilões, enquanto que na realidade podem ser um símbolo de representatividade que inspira jovens a começar como cosplayers adotando suas fantasias como símbolos.
Ana Carolina, 20, é um exemplo de pessoas que começaram sua trajetória no cosplay devido a representatividade de sua personagem favorita, a heroína coelho, Mirko, do anime Boku no Hero. A independência da personagem na série que não cria a necessidade de uma figura masculina a salvar a maior parte do tempo foi o que encantou Ana Carolina e segundo ela uma mulher com essas características “é coisa rara de se ver nos animes”.
Representatividade
Não é novidade a preferência da maioria em fazer cosplays de Homem-aranha, por exemplo, e recentemente com o novo filme do Homem-Aranha no Aranhaverso. Um personagem ganhou notoriedade por causar um grande impacto na comunidade negra, Miles Morales.
Cauã Vitor, 19, faz cosplay do personagem pois se espelha no homem aranha do Brooklin e para ele é uma grande inspiração poder contar com mais um herói negro no universo cinematográfico da Marvel.
Já para o público feminino, o cosplay ganhou mais uma grande heroína para se inspirar ao pensar em fantasias, a Spider Gwen. A versão feminina do famoso herói acabou despertando interesse e ganhando o coração de Barbara, 28, que sempre foi uma grande admiradora do homem aranha, mas durante toda sua infância era estranho ver uma menina gostar de um herói voltado para o público masculino.
“É uma paixão minha de criança sempre via meus primos assistindo ao VHS do Homem Aranha, mas o grande problema era que ele era um herói masculino e agora é bem mais legal pois tem a Spider Gwen que é minha personagem favorita”.
Bárbara
Por Ana Beatriz Cabral Cavalcante e Gabriel Romeiro
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira