Escolas e faculdades devem abraçar os e-sports, diz especialista

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O mestre em ciência e design de jogos Rick Menasce afirma que os e-sports devem ter espaço aberto nas escolas e nas faculdades. Ele foi responsável pela criação do programa de eSports na faculdade em que estudava nos Estados Unidos e, durante a palestra, abordou os benefícios que os e-sports podem garantir às instituições e aos alunos. Ele esteve na semana passada no evento Play Estudantil, que teve parceria do UniCEUB.

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Inicialmente, Menasce apontou uma visão  macro, indicando que os jogos representam um artefato cultural e antecedem a cultura, relacionando o ato de jogar aos animais que, desde sempre, brincam entre si. Explicou, também, que atualmente vivemos em um mundo digital e que os eSports são nativos disso “Por que tirar os alunos desse mundo digital e voltar pro analógico?”, questiona. 

Além disso, o palestrante diz que os os esportes eletrônicos representam uma revolução tecnológica e que seria um desserviço não colocar a modalidade nas instituições.

“Os esportes tradicionais vêm evoluindo e com a tecnologia é natural que virem digitais também”, indica.

 

Em seguida, apresentando um diagrama desenvolvido por ele mesmo, explicou a importância da inserção dos eSports nas instituições de ensino.

O primeiro pilar é a competição, que ajuda os jovens a desenvolverem habilidades como trabalho em equipe, criatividade e comunicação ágil, presente no mundo atual. “Todas são transferíveis para o mundo real”, destaca.

 

Para ele, o segundo pilar é a educação, em que os jogos são usados como ferramentas de ensino e desenvolvimento de interesse no aprendizado. 

A junção desses dois pilares ajuda a fortalecer as habilidades socioemocionais, como resiliência, empatia e cidadania digital 

“Não existem barreiras físicas nos eSports, o que torna um ambiente propício para inclusão e diversidade”. 

O quarto pilar para ele é a carreira, onde há a capacitação dos profissionais que se interessam pelo assunto. “A paixão só te leva até certo ponto, a partir daí é preciso estar capacitado” diz o palestrante. Dentro disso, apresenta as diversas profissões que podem atuar nos eSports.

Por fim, o pilar da profissionalização, voltado para quem realmente quer se tornar um jogador de esportes eletrônicos. Para Rick, a carreira junto à educação ajuda a estabelecer experiências reais de mercado.

Na última etapa da palestra, Rick indica que trazer a modalidade dos eSports para as instituições de ensino é combater, através dos hábitos de jogos saudáveis, estruturados e controlados, os problemas atuais, como questões de vício nos jogos, jogos violentos e, ainda, o que precisa ser melhorado quanto a diversidade e inclusão.

O apresentador do evento, Igor Holanda, diz que acredita no preconceito por parte dos pais em relação aos jogos eletrônicos e Rick responde dizendo que a escola pode participar tirando as dúvidas dos pais ou os estimulando a conversarem com os seus filhos, a fim de saber se o jogo realmente é um problema.

Por Rayssa Loreen

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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