Exposição de crianças e adolescentes a filmes com violência e sexo pode gerar sequelas psicológicas, alerta especialista

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De acordo com a Lei, mesmo que ainda não tenham a idade mínima necessária, crianças e adolescentes podem entrar em sessões de filmes acompanhados de um de seus responsáveis ou estar portando uma autorização por escrito.

Foto: Creative Commons

Porém, a exposição de crianças e adolescentes a esses conteúdos pode gerar sequelas psicológicas. 

“A exposição a conteúdos inadequados pode causar ansiedade, medo, pesadelos, aumento da agressividade, dessensibilização à violência e dificuldades em diferenciar realidade e ficção. Dependendo do tipo de conteúdo, a criança pode desenvolver inseguranças ou ter mudanças no comportamento, como isolamento ou regressão em hábitos já adquiridos”, afirma o psicólogo Leandro Cunha.

Os impactos a longo prazo incluem aumento do risco de ansiedade, depressão e dificuldades emocionais. A exposição excessiva à violência pode levar à normalização da agressividade e dificuldades de empatia. 

Segundo ele, crianças pequenas têm dificuldade em processar informações abstratas e simbólicas.

Violência e sexo

“Quando expostas a conteúdos violentos ou assustadores, podem desenvolver traumas, insegurança e uma visão distorcida do mundo. Conteúdos sexualizados podem gerar curiosidade precoce sobre temas para os quais a criança ainda não tem maturidade emocional, influenciando suas percepções sobre relacionamentos e autoestima”, diz.

A classificação indicativa existe desde 1990.

“Ela serve para proteger crianças e adolescentes de conteúdos que possam ser prejudiciais ao seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social”.

A classificação é baseada em estudos sobre os impactos da mídia na infância e adolescência e busca orientar pais e responsáveis sobre o que é adequado para cada idade”, afirma Leandro

Os pais podem lidar com o desejo de seus filhos de assistir a filmes que não são indicados para sua idade, garantindo um equilíbrio saudável entre a curiosidade e o respeito pelas limitações emocionais e cognitivas da criança por meio do diálogo.

“Os pais podem dialogar com a criança, explicando os motivos da restrição de forma compreensível para sua idade. Também podem sugerir alternativas adequadas, assistir ao conteúdo junto e esclarecer dúvidas. Em alguns casos, pode ser interessante permitir gradualmente a exposição a certos temas, desde que haja acompanhamento e uma conversa posterior para contextualizar o que foi visto”, explica o psicólogo.

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Por Maria Clara Britto

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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