A universitária Rebeca Bontempo, de 18 anos, é adepta da moda alternativa e usa da sua imagem para se expressar. Com roupas, maquiagens e acessórios ela mostra quem ela é, sem se importar com as críticas. Ela diz que as expressões estão relacionadas também a protesto político.

Foto: Arquivo pessoal
“Já me senti julgada algumas vezes. Eu uso moda alternativa e não é todo mundo que recebe de uma maneira boa, até meus pais não entendem muito bem mas a gente aprende a lidar com isso”, afirma Rebeca.
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Moda como voz política
Seja em cabelos coloridos, piercings, tatuagens ou no guarda-roupa repleto de combinações que muitos dizem ser ousadas, jovens como Rebeca fazem de suas escolhas estéticas uma forma de questionar padrões. Para eles, a liberdade de expressão não está apenas no discurso, mas na própria imagem.
“Com certeza é um protesto político”, dispara Rebeca. “O que você veste já diz muito sobre você, e desafiar algo que é um padrão é impor algo político.”
Essa ideia não é nova. A história da moda já mostrou movimentos que desafiaram sistemas e culturas inteiras , do punk nos anos 1970, que rejeitava normas de consumo e estética dominante, aos hippies nos anos 1960, que pregavam liberdade e contestação social. Hoje, a nova geração carrega essa tradição para um cenário digital, onde cada postagem pode ser um ato de afirmação.
“Ainda existe muita coisa que precisamos fazer para conquistar espaço na sociedade, mas cada vez mais vamos avançando”, afirma Rebeca. Ela reflete sobre o caminho que ainda precisa ser percorrido para que a liberdade de expressão individual seja reconhecida e respeitada pela sociedade, sem mais preconceitos instituídos por padrões estéticos ultrapassados
Por Catherine Machado e Maria Eduarda Medina
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira