Depois da morte de alguém que se ama, pode vir outra morte, a de quem fica. Existe um tabu natural que envolve o único destino certo de todo ser humano. Ninguém quer falar, comentar, bate-se na madeira, fecha-se os ouvidos, foge-se do assunto. Tanto na hora de pensar na própria morte como de imaginar perder alguém próximo. No Dia de Finados, temas como esse voltam à tona, mas são esquecidos, de propósito, no dia seguinte. Especialistas indicam que não se deve ter pressa em encerrar o ciclo do luto nem se deve evitar o choro. Assim como não há prazo para se livrar do luto, também voltar a sorrir não significa que a falta ou os sentimentos diminuíram. Permitir-se retomar a vida e refletir sobre a existência não são antagônicos, e fazem parte da essência mais íntima de alguém. Na fé ou na razão, é necessário buscar o equilíbrio entre a retomada da vida e a saudade.
Leia abaixo a reportagem na íntegra de autoria de Júlia Campos e Vinícius Brandão.