O filme “Frankie e os monstros”, animação da Paris Filmes, chega aos cinemas no dia 23 de outubro. O longa é dirigido por Steve Hudson e Toby Genkel, e é baseado no livro Stitch Head, de Guy Bass, e revisita a clássica lenda do Frankenstein, sob uma ótica divertida e sensível, prometendo uma reflexão para a criançada.
A história acompanha Frankie (Stitch Head, no original) uma criatura criada por um “cientista maluco” em um antigo castelo. Esquecido pelo próprio criador e acostumado à solidão, o “monstrinho” vive tentando provar seu valor. Tudo muda quando ele é descoberto por um dono de circo que promete transformar sua vida, oferecendo fama e reconhecimento.
A trama se passa em um “morro tosco”, sombrio e excêntrico, onde vive um professor maluco, “esquisitólogo” criador de monstros. Entre suas esquisitas criações esta Frankie um pequeno monstro com características humanas, fruto de seu primeiro experimento que deu certo. Diferente dos outros monstrinhos, Frankie tem sentimentos e um desejo enorme de ser notado por seu criador.
Mas, diante de seu próprio “pai”, ele se sente invisível. O professor, obcecado em fazer novas criações, mal percebe a importância e o valor de seu monstrinho primitivo. É justamente esse sentimento de abandono que conduz o coração do filme: a busca por pertencimento e reconhecimento.
Autoconhecimento
Embora a narrativa foque na jornada de autodescoberta de Frankie, o filme apresenta de maneira sensível a solidão e o desejo de aceitação e pertencimento do pequeno monstro. A história toca em temas universais, como a ausência paterna, as amizades verdadeiras e a verdadeira família
Amor e amizade
Enquanto acredita não ter valor, Frankie descobre que, para os outros monstros, ele é muito mais importante do que imagina. Essa inversão de papéis traz um dos momentos mais bonitos da história: o monstro que se descobre humano, e o humano que se esqueceu da humanidade.
O equilíbrio entre humor e emoção ganha força com Arabella, uma menina curiosa e destemida que desafia sua nanna (babá) e acaba aproximando o mundo dos humanos e dos monstros. A pequena garota, dá um show de empatia e humanidade sob as aparências – que só uma criança – seria capaz de fazer.

Estética sombria e visual brilhante
No aspecto visual, a produção aposta em uma estética marcante e bem definida. As cores, texturas e a ambientação lembram a estética de Tim Burton, mas com um toque mais afetuoso e luminoso.O ritmo da narrativa é dinâmico com doses de amor e emoção. A mensagem central é simples, porém poderosa: toda diferença merece ser enxergada, ouvida e respeitada.
No desfecho, o professor finalmente reconhece suas criações, e o caos se transforma em reconciliação e união. Não se trata de perfeição, mas de compreensão e amor.
ficha técnica:
Título original: Stitch Head
Direção: Steve Hudson (co-direção: Toby Genkel)
Gênero: Animação / infantil / fantasia / comédia
Duração estimada: 1h 29min
Distribuidora no Brasil: Paris Filmes
Data de estreia no Brasil: 23 de outubro de 2025 (estreia antecipada)
Por: Isabella ribeiro
A repórter assistiu ao filme a convite da Espaço Z
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira


