Izabela da Costa Silva, a Iza do Cavaco, ingressouy na faculdade de música em 2017 e tinha o sonho de estudar o cavaquinho, e logo foi fisgada por aquela melodia.

Saiba mais sobre a artista
Iza conta que foi quando seu professor reuniu um grupo só de mulheres para tocar choro que teve então sua primeira experiência com aquele ritmo até então desconhecido. Deste grupo se originou o Regional Segura Elas, que é o grupo da musicista até hoje.
“Eu sempre gostei de músicas que tinham letra, então foi diferente aprender um gênero que sem letras traz tantos sentimentos”, conta Iza.
Para Iza, o ritmo do choro pode ser triste, alegre, melancólico ou divertido, porém em todos os casos o sentimento que vem quando esta melodia toca seus tímpanos é tranquilidade, tranquilidade esta que é percebida em sua voz ao falar do choro.
Em seu mundo profissional, o choro realmente se apresentou amigo de Iza, foi com ele que ela conta alegremente que veio sua evolução como uma musicista.
“Sou uma pessoa que hoje em dia tem facilidade em tocar músicas que até não conheço graças ao choro”.
O sentimento forte que sentiu da primeira vez que ouviu o choro, se tornou então seu estilo de vida e profissão, acompanhada do apelido Iza do Cavaco, nome que foi dado a ela graças ao cavaco que ganhou de seu pai aos 17 anos.
A origem deste apelido, assim como conta Iza, está bem acompanhada de outros grandes nomes como Mané do Cavaco e Nelson Cavaquinho, expondo o instrumento marcante que utilizam.
Este nome não apenas veio como uma forma de tratamento, mas também foi o momento em que ela percebeu realmente sua passagem do estudo para o mundo profissional do choro enquanto mergulhava no gênero.
Professora
Hoje, com 28 anos, Iza do Cavaco além de musicista também é professora de cavaquinho, dando aulas de Samba, Choro e Forró, tendo inclusive passagem marcada pelo Clube do Choro, localizado ao lado do Planetário de Brasília e do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, para tocar e dar aulas substitutas para professores amigos.
Em sua trajetória, é fato que Iza percebeu que a letra nem sempre precisa estar lá, e, às vezes, existem palavras que não precisam ser ditas para serem sentidas. A terapia do som e o poder que ele tem para nos mudar é tão grande quanto o leque de diversidade que o gênero do choro aborda.
O pequeno grande presente de seu pai, 11 anos atrás, não poderia ter mudado mais a vida de sua filha e provado que em 155 anos a chama que fez o choro arder nos bairros do Rio de Janeiro até hoje perdura, mais forte do que nunca.
Por Caio Aquino
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira