“Mesmo com a evolução, as músicas continuam machistas, a diferença é que agora a gente tem se questionado mais. Estamos criticando e se preocupando com um conteúdo poético de uma música”, afirma a rapper brasiliense Thabata Lorena, 29 anos. “Não cabe às mulheres mudarem a história do machismo, cabe a elas se firmarem na sociedade”.
O machismo por permear no cotidiano, gera medo e insegurança entre as mulheres, segundo o antropólogo Carlos Potiara. “Esse tipo de música não ajuda, só acrescenta o medo (…) as roupas, por exemplo, não devem ser empecilho. As mulheres são livres para fazerem o que quiserem e devem ser respeitadas”.
A rapper Thabata Lorena acredita que há registros de machismo no rap mais antigos, como a canção do Gabriel Pensador, ‘Lôra burra’. “O machismo é atuante na sociedade brasileira, em todos os lugares que nós estamos. Na letra do rap, na presença dos homens, na língua brasileira. É muito difícil você encontrar um ambiente que não existe machismo. De todos os machismos que presenciei o do rap não foi o mais cruel”.
CONFIRA HOTSITE ESPECIAL SOBRE MACHISMO NA MÚSICA
Por Beatriz Souza e Leonice Rezende
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira