Será que existe vida após a morte? Para o médico argentino Sabino Antonio Luna, a resposta para essa pergunta seria “sim”. O renomado cirurgião e psicoterapeuta acumula estudos e pesquisas sobre o assunto. Ele defendeu nesta quinta (17), em palestra realizada em Brasília, que essa noção não estaria baseada na fé, mas em ciência. Seja no campo da história, da ciência ou religião, Antonio Luna ministra palestras em diversas regiões de todo o mundo para mostrar registros e fundamentos formados através das análises, não como forma de “catequização” sobre o assunto, mas sim, uma introdução sobre uma área tão desconhecida.
Para iniciar os estudos, Luna dividiu as pesquisas em quatro linhas de investigação. Reencarnação, que consistiria em lembranças espontâneas em crianças e induzidas em adultos, e transcomunicação, que seriam formas de comunicação incomuns utilizando pessoas especiais ou aparelhos eletrônicos que possibilitem a comunicação. Mas as formas de pesquisa que o médico argentino tem maior foco são as E.C.M (Experiências perto da Morte) e E.F.C (Experiências extracorpóreas).
Entre os principais relatos trazidos pelo médico, a possibilidade das trocas de informação sobre as experiências, trazem diversas vantagens para a humanidade. A importância dos depoimentos não é apenas para fortalecer estudos, mas agregar e criar um ambiente confortável para receber outras pessoas que passaram por situações como estas. “A experiência é atemporal e não possui espaço determinado. Quando acontecem é possível prever ou lembrar coisas que o indivíduo não sabia. Isso não pode se tornar algo importante para a sociedade? ”.
Apesar de se tratar de uma área nova e polêmica para grande parte de pesquisadores, Luna acredita que o assunto pode conquistar mais seguimentos e derrubar algumas barreiras, apesar de qualquer estereotipo ou preconceito formado pela sociedade. Porém, para dar início a qualquer estudo, é necessário abdicar de alguns pensamentos tradicionais. “Se algum pesquisador deseja estudar isso, ele tem que se desprender do lado conservador e estar aberto para se explorar. É um momento de aprendizado, de mesclar conhecimentos com esta nova área”.
“Quero mostrar”
Antonio Luna acredita que vivemos uma era completamente diferente, onde é mais possível combater dogmas, pois se trata de uma sociedade em constante mudança e sob grande influência da internet e outras diversas tecnologias. Para o doutor, o principal motivo que despertou o interesse nas pesquisas, foi a oportunidade de um novo olhar para o ser humano. “O mais importante sem dúvidas é que essas experiências constatam que o homem é espiritual, não é apenas algo físico. Somos algo bem maior, inseridos no meio biológico. Quero mostrar esse lado, fortalecer essa ideia”.
Por Felipe Oliveira
