Não deixar uma língua morrer. Foi com esse ideal que nativos da etnia maori conseguiram reverter a tendência de extinção. A saída foi difundir com os mais novos. Segundo Sarah-Jane Tiakiwai, pró-reitora maori da Universidade de Waikato. “Nós tivemos um programa chamado Kohanga Reo, que traduz as palavras do inglês para as crianças. O projeto começou com um grupo de mães e avós que estavam preocupadas com seus netos não crescerem com a língua. Era literalmente a ideia da língua ser transmitida como um pássaro que alimentando seus filhotes, as mães e avós estavam alimentando as crianças com a língua. E assim ela cresceu”.
Darryn John Russel, pró-reitor de assuntos maori da Universidade de Cantebury, explicou que é necessário divulgar o que eles fizeram. Eles entendem que, no Brasil, a dificuldade é maior por causa da extensão do território e por conta das diferentes etnias. “Nós tivemos o privilégio, no Brasil, de poder contribuir para o programa e compartilhar experiências da Nova Zelândia em torno da revitalização indígena e desenvolvimento indígena.”
Assista à entrevista
Darryn e Sarah-Jane estiveram em Brasília, nesta semana, para participar de uma conferência para discutir o sobre o processo de revitalização de línguas indígenas.
Por Guilherme Gomes e Vitória Von Bentzeen
Produção de João Paulo de Brito
Imagens: Raoni Gomes e Wagner Gomes
Edição de vídeo: Samuel Andrade