Baseado nas canções do grupo ABBA, o novo “Mamma Mia! – O Filme”, lançado em 2008, faturou mais de US$ 600 milhões. Sem dúvidas continua marcando a memória dos fãs da banda e dos apreciadores de musicais. Em resposta ao grande sucesso que obteve, vem como um presente, Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo, produzido por Judy Craymer e Gary Goetzman. Essa comédia musical traz além do elenco do primeiro filme, novos nomes como Lily James, Andy Garcia e Cher.
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A sequência apresenta uma abordagem totalmente nova. Não só conseguem combinar as músicas do ABBA em relação à nova história, como também tentam passar através das canções muito sentimento. O alinhamento do enredo com as músicas do grupo é o principal fator gerador de encantamento.
Tudo começa no ano de 1979 com as jovens animadas e corajosas Donna Sheridan (interpretada por Lily James), Tanya (Jessica Keenan Wynn) e Rosie (Alexa Davies), mais conhecidas como Donna and The Dynamos. Elas se formam pela Universidade de Oxford, e Donna, em seguida, decide se aventurar pela Europa até que finalmente encontra seu destino na ilha grega de Kalokairi. Durante todo o percurso é mostrado detalhadamente como ela conheceu os três pais de Sophie: O jovem Harry (Hugh Skinner) que se esbarra com ela em Paris e rapidamente se apaixona, Bill (Josh Dylan) que tenta causar boa impressão e se oferece para levá-la em seu veleiro até a ilha. E assim que ela chega ao seu destino, conhece Sam (Jeremy Irvine) que em pouco tempo conquista seu coração. Essa é a base do filme, as sucessivas cenas giram em torno de muito humor com coreografias alegres e divertidas.
Dia após dia, Donna vai conhecendo mais o local, as pessoas e se animando o suficiente para conseguir um emprego de cantora na taverna local. Mas nem tudo são flores, quando sente que está começando a se apaixonar por Sam, descobre que ele está noivo de outra mulher. Tanya e Rosie surgem para ajudá-la e tempos depois seu otimismo retorna com muito mais força ao descobrir que está grávida.
Um aspecto comovente do musical é a forma como a história é contada. As ações no passado e presente dos personagens, estão intercaladas, de um jeito que todos possam entender como tudo começou.
A independência e força contida em Donna, junto com sua capacidade de lidar com os problemas, faz com que o público sinta sua determinação e coragem em diversas situações. Como por exemplo, quando decide criar sua filha sozinha tendo que lidar com uma nova realidade.
Só que, o foco principal está em como essas relações se formaram e o quanto a ligação entre ela e Sophie é forte. O amor que uma sente pela outra é tão grande que a música, My Love, My Life, escolhida para as personagens, se encaixa em todos os sentidos. Principalmente ao cantarem “But I know I don’t posses you. With all my heart, God bless you. You will be my love and my life.”, obviamente não tem como não se emocionar ao ouvir essa canção. E pelo fato da trilha sonora ser muito boa, o resultado disso é a vontade que deixam nas pessoas de querer ouvir tudo de novo.
É definitivamente essa a sensação que traz, com cenas e músicas que trabalham harmoniosamente. As cores do filme são fortes, vibrantes e agradáveis. Deixando tudo ainda mais bonito e interessante de se ver. Dá até vontade de entrar na tela e viver a história junto com os personagens.
Sem dúvidas é aquele tipo de musical incansável que tem uma história envolvente e abrange um grande público, desde jovens até os que tiveram os primeiros contatos com a banda.
Por Alexandra Pereira Lucas
Foto e trailer: Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira