Foto: Divulgação/ND
A 96º cerimônia do Oscar realizada neste domingo (10) consagrou o filme Oppenheimer, de Christopher Nolan, como “Melhor Filme”,e levou, ao todo, sete estatuetas.
Confira quais foram os filmes indicados
Oppenheimer
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Dirigido por Christopher Nolan (Batman: O Cavaleiro das Trevas, 2008), Oppenheimer baseia-se no livro “Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer”, acompanhando a vida do físico teórico durante o Projeto Manhattan, marcado pelo desenvolvimento das primeiras bombas atômicas.
A trama, se desenvolve em um ritmo de vai e vem temporal, acompanhando Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) e outros cientistas durante o projeto de desenvolvimento da primeira arma nuclear, responsável pelas tragédias em massa nas cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki, no fim da segunda guerra mundial. O elenco é composto por grandes nomes de Hollywood, além do próprio Murphy, como Emily Blunt, Robert Downey Jr, Gary Oldman e Florence Pugh.
No caso de Oppenheimer, os fatores éticos e morais ganham grande destaque no roteiro. O filme traz uma crítica que se faz presente na sociedade até hoje, não existe genialidade que supere interesses políticos
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Pobres Criaturas
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Dirigido por Yorgos Lanthimos (O Lagosta, 2015), Pobres Criaturas conta a história da jovem Bella Baxter (Emma Stone) que é trazida de volta à vida pelo Dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe) e passa a querer saber mais sobre o mundo.
A trama explora as vivências e descobertas da personagem ao decorrer de sua jornada, onde podemos acompanhar uma evolução de sua personalidade. Pobres criaturas retrata a história de uma mulher se descobrindo dentro da sociedade nas primeiras décadas do século XX, trazendo também elementos da modernidade.
O longa se mantém intrigante do início ao fim, trazendo um olhar sobre como a imagem da mulher é retratada dentro da sociedade. Agradando ou não, esta é uma obra que merece seu reconhecimento. Ela aborda a figura feminina e sua sexualidade sem os estereótipos de uma cultura de gênero.
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Assassinos da Lua das Flores
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Baseado na obra homônima escrita por David Grann, “Assassinos da Lua das Flores” gira em torno da nação Osage após a descoberta de petróleo na região e como isso gerou a manipulação, enganação e assassinatos feitos por intrusos brancos.
O filme conta com um elenco de grande renome como Leonardo DiCaprio (Ernest Burkhart) e Robert De Niro (William Hale). Dirigido por Martin Scorsese, também conhecido por “O Lobo de Wall Street” e “O Irlândes”
A produção aposta em passagens monótonas e contemplativas que intercalam com cenas de violência explícita para dar o tom da obra.
Na roteirização, a obra ironiza, crítica e problematiza pautas discriminatórias de maneira ambígua e rápida, sem ser de forma clara e coesa. Passa despercebido diversas discussões.
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Os Rejeitados
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Os Rejeitados (The Holdovers) é um filme dirigido por Alexander Payne (Sideways, 2004) e estrelado por Paul Giamatti (O Resgate do Soldado Ryan, 1998) e conta a história de um professor em um internato nos Estados Unidos nos anos 1970. Paul Hunhan (Paul Giamatti) acaba tendo que passar o recesso de natal com seus alunos, sendo um deles o inteligente Angus Tully (Dominic Sessa), e a cozinheira-chefe do colégio Mary Lamb (Da’Vine Joy Randolph).
Logo no início da trama é difícil reconhecer alegria na narrativa, seja nos estudantes que foram esquecidos pelos pais, ou no protagonista, um professor ranzinza que está na função de cuidar e controlar esses alunos. A trama também traz os conflitos de outros personagens, como Mary, que aparece de luto por seu filho recém falecido.
Porém, mesmo com esse começo lento e melancólico, a narrativa se torna cada vez mais cativante e nostálgica em um ritmo crescente de emoção, com o espectador podendo acompanhar o amadurecimento dos personagens ao longo do filme.
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Anatomia de uma Queda
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Anatomia de uma Queda conta a história de um homem, Samuel Theis, que é encontrado morto perto do chalé onde morava com sua esposa Sandra (Sandra Hüller) e seu filho de 11 anos Daniel (Milo Machado-Graner), que possui deficiência visual. Sua morte é considerada “suspeita”, fazendo com que sua esposa se torne a principal suspeita do crime.
A direção de Justine Triet traz diversos elementos de filmes clássicos de suspense policial dos anos 60, contudo ele foge do padrão de reviravoltas. Triet não se prende a estrutura de fazer novas revelações a cada instante, mas faz isso nos momentos certos, o que acaba prendendo a atenção do espectador.
A misteriosa morte é a trama central do longa, que mesmo se passando inteiramente em decorrência do caso, foca em mostrar as consequências que isso traz na vida de uma mãe e seu filho. Sandra, uma mulher complexa e escritora alemã que vive na França sem saber nada da língua e Daniel, uma criança que precisa lidar com o falecimento de seu pai e a pressão de ser interrogada.
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Zona de Interesse
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Como grande favorito ao prêmio, o inglês Zona de Interesse concorre em ambas as categorias de melhor filme e melhor filme internacional.
Dirigido por Jonathan Glazer (Sexy Beast), Zona de Interesse acompanha uma família do alto escalão do exército nazista enquanto tentam criar sua família ao lado do campo de concentração de Auschwitz
Com destaque na direção e fotografia o longa traz uma perspectiva diferente do holocausto e uma técnica de filmegem diferente e inteligente.
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Ficção Americana
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A obra traz a estreia do diretor Cord Jefferson em Hollywood com 5 indicações ao Oscar, nas categorias de melhor filme, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora original.
Trazendo uma adaptação do livro “Erasure” (Percival Everett, 2001), o roteiro traz uma sátira à indústria editorial e como ela traz em sua maioria personagens negros em papeis estereotipados, como criminosos, “rappers”, pessoas agressivas ou com algum tipo de vício.
O longa mistura a comédia e a tragédia para contar a história de Thelonious “monk” Ellison (Jeffrey Wright), que é afastado de seu emprego e se reencontra com sua família após um longo período afastado.
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Maestro
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Dirigido e estrelado por Bradley Cooper (Nasce uma Estrela, 2018), Maestro mergulha nas entranhas da música clássica, trazendo uma visão íntima da vida do lendário maestro Leonard Bernstein, interpretado pelo próprio Cooper. O ritmo acelerado da produção e as rápidas mudanças de cena criam uma atmosfera confusa e acelerada, refletindo a personalidade complexa e multifacetada de Bernstein.
“Maestro” surge como uma das principais apostas da Netflix para a temporada de premiações, destacando-se por sua execução técnica. A produção apresenta qualidade visual, com maquiagem, figurino, fotografia e direção de arte cuidadosamente trabalhados, que recriam com precisão não apenas a época em que se passa, mas também os personagens principais.
Bradley Cooper demonstra um grande comprometimento em sua interpretação de Leonard Bernstein, passando por uma transformação física significativa que incluiu o uso de próteses.
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Barbie
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Dirigido por Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres), ambientado na utópica Barbielândia, Margot Robbie dá vida a Barbie estereotipada, que enfrenta um desafio inesperado: começar a pensar na morte, um pensamento estranho em seu mundo perfeito e eterno.
Esse questionamento acaba a levando em uma jornada em busca de sua contraparte humana, já que sua “humana” influencia sua própria existência. Ao longo dessa aventura, Barbie descobre que sua conexão com os seres humanos é mais profunda do que imaginava
O filme conta com grandes nomes na trilha sonora, como Dua Lipa, Billie Eilish e Lizzo, músicas divertidas e emocionantes, que encaixam nas cenas, te fazendo chorar ao rir em apenas alguns minutos.
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Vidas Passadas
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Dirigido por Céline Song (A roda do tempo, 2021), “Vidas Passadas” retrata despedidas e reencontros entre duas pessoas, indo além do romance ao explicitar a complexidade das relações humanas enquanto constrói uma narrativa com a cultura coreana muito presente.
A história gira em torno dos protagonistas Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), dois amigos de infância que acabam se separando quando a família de Nora se muda da Coreia do Sul para o Canadá. Vinte anos depois eles se reencontram em Nova York, Nora está casada com um americano, Arthur (John Magaro) e a trama passa a tratar da nostalgia e das reflexões sobre o passado.
Celine traz para a obra, além dos cenários e elenco, diversos elementos da cultura coreana. Um exemplo é o termo “In-Yun”, que em tradução literal significa destino, porém tem a ver com pessoas destinadas a se cruzarem. Essa é uma palavra que direciona tanto as ações quanto os diálogos da trama.
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Por Maria Paula Meira
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
