Com o nome de “Arte em Engenho”, dirigido pelo ator Dom Macarius, o projeto desenvolve-se em três oficinas: pintura em tecido, oficina de artes plásticas e artes cênicas que está sendo ministrada na Casa de Cultura do Guará e são abertas ao público.
Essas oficinas vão resultar na cenografia e figurino do espetáculo “A doutora e o psiconauta”
O diretor explica que há uma intenção de atingir um específico público.
“A gente não rejeita outras pessoas e por isso é aberto ao público mas enfim o foco são as pessoas que entendem essa questão da saúde mental”, afirma Macarius.
O projeto tem como objetivo comprovar mais ainda a eficiência da arteterapia no tratamento de transtornos. “Isso já foi comprovado, acredito eu, pela precursora disso que é a Nise da Silveira”, diz Dom.

Foto: Arquivo pessoal/ Dom Macarius
De acordo com Dom, a arte traz uma oportunidade para o indivíduo externar problemas e isso retira uma grande descarga do campo emocional e alivia bastante para o indivíduo.
Benefícios
Na opinião profissional da arteterapeuta organizacional Theresa Rachel, a arteterapia traz benefícios como e melhora das relações interpessoais na medida em que cada um pode lidar melhor com seu coeficiente emocional favorecendo a construção de relações mais empáticas”.
De acordo com a profissional, a arteterapia organizacional é um caminho moderno e produtivo para as empresas aplicarem na saúde mental.
Além de ser uma ferramenta que oferece segurança psicológica, através de expressão artística, os colaboradores elaboram questões internas sem precisar se expor.
“Normalmente, no início das experiências, as pessoas ficam um pouco resistentes, comentam que não sabem desenhar e que a última vez que fizeram artes foi na escola”.
Através da arteterapia, é possível, segundo os especialistas, resgatar habilidades esquecidas na infância como criatividade, espontaneidade e flexibilidade.
Depois que começam a explorar o mundo das artes, os colaboradores se entregam ao processo e o trabalho flui de forma mais saudáveis, felizes e mais produtivas.
Aos 94 anos de idade, Maria de Lourdes Theodoro Frederico, que é costureira, disse que teve conhecimento do teatro através de um programa da TV.
Desde que ela começou a participar do teatro, o número de amizade aumentou muito e fez ela ser mais movimentada ainda da vida, além de fazer teatro também faz dança (Zumba) e musculação, “Vida é movimento”, diz Maria.
Os trabalhos ocorrem na Casa de Cultura do Guará (Guará II QE 25)
Por Natalia Francescutti
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira