Seis amigos vão para o grande Parque do Inferno, num feriado para Halloween, para aproveitarem o que há de melhor nesta época: a sensação de medo e espanto. Chegando lá, eles se vêm na mira de um assassino que procura transformar a noite de diversão dos amigos num pesadelo real.
Confira trailer
Por ter um enredo simples, as artificialidades e os recursos visuais do filme ficam todos jogados no parque. Luzes artificiais, cores neon, figurinos extravagantes e próprios do Halloween, e falas que remetem a clássicos do gênero. Tudo isso é usado para dar força a narrativa do filme, porém, esta tática é usada de maneira muito apoderada. Quando as sequências de assassinato e/ou os diálogos não convencem, o filme coloca este recurso em evidência para gerar fluidez e ir arrastando a história.
Faz-se necessário mencionar aqui o trabalho dos atores. A atriz Bex Taylor-Raus desapontou. Seu trabalho já foi visto em outras produções de terror, mas desta vez, a personagem dela não tem tanto a oferecer. Também, a ‘’química’’ que circula entre os seis amigos principais é bastante sintético e, claramente, eles agem apenas por obediência ao roteiro. Não há tanta espontaneidade ou ousadia dos personagens em relação ao medo que eles enfrentam e ao mistério que tem de resolver.
Sobre o vilão, há observações a fazer. Sua neutralidade e crueldade dão caráter ao gênero, e o jogo de câmeras que se faz entre ele e sua vítima, instantes antes de atacá-la, deixa a cena mais perturbadora e instigante de assistir, o que é perfeito para um slasher film.
‘’Hell Fest’’, originalmente intitulado, tem um roteiro arrastado, personagens tediosos, um vilão interessante, mas, que, quando combinados, dão gosto e vontade de acompanhar o desenrolar de tudo. Inclusive, a última cena do filme é pesadamente curiosa, e faz valer o drama todo.
Por Felipe Tusco Dantas*
- A convite da Espaço/Z
- Imagens e trailer: Divulgação