Thor: amor e trovão tem herói em crise existencial

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Dirigido pelo aclamado Taika Waititi (Thor Ragnarok, Jojo Rabbit e O que fazemos nas sombras) e produzido por Kevin Feige, o quarto filme de Thor chega aos cinemas de todo o país dia 7 de julho, quinta-feira.

Com um elenco de peso, que conta com Natalie Portman, Christian Bale e Tessa Thompson em papéis de destaque, o filme se diferencia de outros do universo cinematográfico da Marvel (UCM) ao ser independente de outros da franquia. Além disso, um dos pontos altos do longa é a trilha sonora imponente e inconfundível de Guns N’ Roses. Contudo, as opiniões do público e dos fãs do herói estão polarizadas.

Assista ao trailer

Enredo

Thor: amor e trovão apresenta o deus asgardiano em uma crise existencial e emocional intensa enquanto luta ao lado dos guardiões da galáxia.

Praticamente aposentado de grandes batalhas, Thor é surpreendido com um violento ataque de Gorr, conhecido como carniceiro dos deuses, na nova Asgard.

Lá, também encontra com seu antigo amor, a doutora Jane Foster, agora Poderosa Thor, com um diagnóstico de câncer avançado. Nesse cenário, Thor, Valkyria, Korg e poderosa Thor têm a missão de enfrentar e impedir o plano de Gorr de matar todos os deuses que existem, enquanto lidam com seus sentimentos.

Atuações

Natalie Portman, que volta ao papel de Doutora Jane Foster depois de 9 anos afastada do universo Marvel, tem um papel essencial nesse filme.

Com a maior parte do seu tempo de tela sendo como Poderosa Thor, a atriz se destaca de fato é como Jane Foster, agora diagnosticada com câncer avançado e desesperada. Sua versão como heroína deixa algumas lacunas.

Christian Bale como o antagonista Gorr é um dos pontos altos do longa. Com uma caracterização detalhada, o personagem está reduzido a poucas cenas dramáticas e às cenas de ação.

Christian Bale como o vilão Gorr, o carniceiro de deuses

Já confortável no papel de Thor, Chris Hemsworth mantém, se não até aumenta, a vibe brincalhona do último filme (Ragnarok). Contudo, apesar das cenas de ação, o ator não tem destaque nas cenas dramáticas.

Humor

Taika Waititi continua a misturar gêneros como ação, aventura, drama e comédia de maneira caótica. Fórmula que deu certo em vários de seus outros trabalhos, como o próprio Thor Ragnarok.

Porém, dessa vez, ele pesou a mão na comédia, de forma que o filme todo é cercado de piadas. Os personagens não se levam a sério, não levam as lutas a sério e nem mesmo seus problemas que, construídos para gerarem cenas impactantes, acabam como piadas que não necessariamente serão bem sucedidas.

Após os créditos

Com duas cenas pós crédito, o filme termina de modo a apenas criar hype para os próximos da franquia, e parece completamente esquecível.

São duas horas recheadas de comédia demais e história de menos, onde o drama não cativa, as falas não são naturais e os personagens não são bem desenvolvidos.

Até a trilha sonora, apesar de icônica, chega a ficar cansativa depois de ser saturada em quase todas as cenas.

A quarta fase do UCM tende a investir cada vez mais nesse estilo de filme: independente, cômico e tão leve que é levado da memória do público, servindo como meio para o próximo longa. O que até entretém, mas decepciona aqueles que se acostumaram e esperam histórias épicas, envolventes e com personagens mais profundos, tanto na ação quanto no drama.

Ficha técnica:

Direção: Taika Waititi
Roteiro: Taika Waititi e Jennifer Kaitin Robinson;
Produção: Kevin Feige;
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christian Bale, Tessa Thompson, Russel Crowe e Chris Pratt;
Duração: 119 min;
Gênero: aventura, comédia e ação;
Classificação Indicativa: 13 anos;
Origem: Estados Unidos
Distribuição: Disney

Por Alexya Lemos*
Fotos e trailer: Divulgação
* A repórter assistiu à pré-estreia a convite da Espaço Z
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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