“Chega de Saudade. A Realidade é que sem ela não pode ser.” A partir do verso de Vinícius de Morais, o engenheiro e amante da música Dickran Berberian percebeu que sem ela, a Bossa Nova, não poderia “ser” nem “viver”. Ao som de Tom Jobim, em pleno bairro de Copacabana, no Rio, que o compositor resolveu fundar o Clube da Bossa Nova, na capital do país. Ele contou com o apoio de alguns músicos diretamente ligados ao estilo musical. “Eu não perguntei se alguém achava ruim, mas para quem eu realmente perguntei que era Roberto Menescal, Carlos Lyra e Marcos Valle, que são os ícones da Bossa Nova, todo mundo achou que era uma boa ideia”, disse para a Agência de Notícias UniCEUB.
Depois de mais de uma década, o Clube da Bossa Nova caiu no encanto brasiliense com atrações todos os sábados às 11h no Teatro Silvio Barbato no Setor Comercial Sul. O auditório comporta 200 pessoas e sempre está lotado. O Clube é por várias vezes prestigiado com a presença de grandes músicos brasileiros, como Roberto Menescal, Wanda Sá, Os Cariocas e outros. O músico, ao visitar países como Canadá, França e Austrália, percebeu que esse estilo era mais valorizado no exterior do que no país de origem.
De boca em boca
O músico uruguaio José Eduardo Cabrera, sempre foi apaixonado pela música brasileira, e morando em Brasília toca eventualmente no Clube da Bossa Nova. Além de parabenizar, ele indica o clube para pessoas de todas as idades. “Eu indico para todo mundo, até para meus netos. Eu acho que as pessoas têm que receber boa informação.”
Dickran ainda se queixa da sua falta de tempo de divulgar o Clube mas gostaria muito que fosse conhecido por todos. “É uma pena que nós não fazemos, nem vendemos shows. Nós fazemos educação musical. Deveria ter cinco mil pessoas vendo o que o Brasil tem de muito bom”, afirmou.
Por Sara Rodrigues