A pessoa na faixa de pedestre estica o braço. Com o “sinal de vida”, os motoristas param. A conduta prevista no Código de Trânsito Brasileiro ganhou uma campanha em Brasília a partir do dia 1º de abril de 1997 que se transformou em cultura de respeito. Vinte anos depois, a população brasiliense pode constatar redução do número de atropelamentos e mais segurança na hora de atravessar a rua. A primeira experimentação da campanha ocorreu na faixa da quadra 308 na Asa Sul. Mesmo assim, desde 2001 até o ano passado, 94 pessoas morreram em faixas de pedestres.
Segundo estudante Igor Farias, 24, existe uma cultura de aceitação à faixa de pedestre. “Aqui a lei pegou e me sinto em segurança”, afirma. A região, que é conhecida pela cultura de respeito às faixas, registrou nos últimos anos uma diminuição de mais de metade dos casos de pedestres mortos por atropelamentos após campanhas de respeito à sinalização horizontal. Segundo os números do Detran-DF houve um número maior de casos, 5 em 2000 e 7 em 2016, deve-se levar em consideração o aumento de 2,7% da população do Distrito Federal, 1.806.354 habitantes em 1997 e 2.977.216 em 2016, segundo dados do IBGE.
O Detran-DF também registrou a eficiência das campanhas de respeito à sinalização horizontal lançadas juntamente com as faixas de pedestre. Em um estudo sobre o respeito às faixas, foram registradas mais de 65% de travessias em faixas de pedestre em Brasília de forma segura, quando o condutor respeita o pedestre, que espera o motorista parar.
Programação
Além de uma Blitz educativa na altura da 906 Sul no dia 31, o Detran-DF realizará um evento no parque Ana Lídia para promover atividades educativas e a educação dos condutores sobre a segurança das faixas de pedestres em áreas escolares.
Segundo o Detran, em 1996, ano anterior a implantação da faixa, 266 pedestres morreram atropelados. “No ano seguinte, o número de pedestres mortos reduziu 24%. E de lá para cá, mesmo com o aumento de 154% da frota nos últimos 20 anos – de 660 mil veículos, em 1997, para 1.679.383, em 2017 – o número de pedestres mortos reduziu em 50%. De 266 vítimas fatais em 1996, para 132 em 2016. Nesses 20 anos, as mortes em faixas de pedestres representaram 3,4% do total de vítimas de atropelamentos”, informou em nota.