Sob a redoma iluminada do Ginásio Nilson Nelson, o BRB Brasília e Rio Claro se enfrentaram na noite de quinta (30) pelo NBB. Com o grito: “Teremos que ganhar, Brasília”, a torcida organizada do time da capital fazia o som da bateria retumbar até o lado de fora.

Leia aqui como foi a partida
Torcida do BRB Brasília incentiva a equipe
Com o painel de LED suspenso em cima da quadra de basquete, os avisos de “Defesa!” e “Faça muito barulho!”, a arquibancada era uníssona em apoio ao Brasília.
Já os espectadores sentados na lateral da quadra, a uma distância de três passadas, estavam na ponta das cadeiras. A cada movimento da bola, eles pareciam estar prontos para entrar e jogar também.
Enquanto o cenário e a torcida faziam desse evento um espetáculo de gladiadores, o “anfiteatro” abrigava uma batalha de dança desigual ao final do segundo período (36×50).
O BRB Brasília exibia pliés, mas o Rio Claro marcava cestas com o armador Dawkins #14 fazendo um grand battement no ar.
Aos cinco minutos do terceiro tempo, recém perdendo um lance livre, a dificuldade do Brasília Basquete em empatar o jogo mostrava que nem a energia dos torcedores era o suficiente.
Sem se deixarem abater pelo placar, os batuques não encobriam a tensão do técnico Dedé Barbosa.

Com 10 meses frente ao cargo, sua liderança era constante. De um lado para o outro, ele acompanhava atentamente a bola e gritava orientações para os jogadores em quadra.
Cabisbaixo e coçando a cabeça, Dedé mostrou aflição na marcação do 79º ponto do Rio Claro, mas retomou a atenção logo em seguida ao sofrerem uma falta.
Com 5’18”, o time da casa marcou mais dois pontos no lance livre e alterou o placar para 65 a 81.
No apagar das luzes
Com menos ânimo da arquibancada, os últimos quatro minutos pareciam já ter selado o resultado.
O pedido de calma aos jogadores pelo técnico do Rio Claro durante dois avanços consecutivos da equipe paulista, sem êxito em colocar a bola na cesta, a esperança de quem estava presente se renovou.
O placar final de 74 x 92, apresentou uma quadra estatística. Parecendo que simplesmente o jogo tinha acabado, as pessoas começaram a se retirar.

Ainda em quadra, os jogadores do BRB Brasília aplaudiram os espectadores pelo apoio dado durante a partida.
Os jogadores Leal #2 e e o ala Gemadinha #35 do Brasília ainda foram até a arquibancada cumprimentar os torcedores. O ala foi o último a deixar a quadra às 21h34.
E os batuques deram espaço ao silêncio e ao barulho do rodo guiado por 4 funcionários da limpeza. Mas o brilho da redoma permaneceu.
Por Pedro José Santana
Fotos de Pedro José Santana
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira