E-Candangão: mulheres buscam espaço em jogos eletrônicos no DF

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“Eu ia para a lan house, só que, como sempre, foi um cenário dominado por homens. Quando eu queria jogar counter strike ou algum outro jogo, não dava. Então acabava que eu ia me esquivando para os jogos que eu era mais aceita que eram os de fliperama”. O depoimento é de Mary Alves, de 31 anos.

Ela é influenciadora e streamer e consagrada embaixadora do evento nesta edição. Ela comentou que o início de sua carreira no meio e das dificuldades de se sentir aceita por ser um cenário completamente dominado por homens.

Ela descreveu que, ao possuir seu primeiro contato com os jogos eletrônicos, optou por jogar “The King of Fighters”, um jogo de luta que ela jogava após a escola com uma amiga por se sentir mais acolhida no ambiente.

Modalidade

É importante ressaltar que foi oficializado o reconhecimento dos e-sports como modalidade esportiva no dia 10 de Janeiro de 2024, reconhecendo os praticantes profissionais oficialmente como atletas.

A lei foi proposta pelos deputados distritais João Cardoso e Eduardo Pedrosa e sancionada pela governadora Celina Leão.

O E-Candangão foi organizado pelo instituto Inside Brasil com apoio da Secretaria de Turismo do Distrito Federal também na busca pelo fomento do turismo regional e no aumento da acessibilidade dos jogos eletrônicos para diferentes públicos.

Evento

A segunda edição do E-Candangão ocorreu no último sábado (23) e contou com campeonatos de diversos jogos, áreas recreativas com consoles de última geração e simuladores de corrida altamente tecnológicos.

O evento, que aconteceu no Centro de Ensino Médio EIT em Taguatinga/DF com entrada gratuita, busca incentivar e proporcionar a experiência competitiva e casual dos jogos eletrônicos para pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais.

Incentivo

O festival contou com campeonatos de jogos como Free Fire, Just Dance e Valorant cada um com uma premiação de R$ 1000 para o primeiro lugar e R$ 500 para o segundo lugar.

Além da busca pela democratização dos jogos eletrônicos, o evento também procura oferecer oportunidades para jogadores talentosos e sem recursos que buscam o reconhecimento para seguir carreira no esporte.

O diretor administrativo do instituto Inside Brasil, Jean Martins, reforçou que a competição que acontece no evento procura permitir com que jogadores casuais descubram habilidades e talentos em determinados jogos, gerando um incentivo a públicos que normalmente não jogam competitivamente a se interessarem pelo cenário.

Acessibilidade

O presidente do instituto Inside Brasil, Robielisson Medeiros, afirmou que o E-Candangão é atualmente o projeto mais importante do instituto, pois ele permite que pessoas que normalmente não têm acesso a esses dispositivos possam jogar e experimentar experiências tecnológicas impressionantes.

Robielisson comentou sobre o exemplo de um garoto que viu um simulador de corrida pela primeira vez em seu evento e que a reação do garoto foi de completo choque e alegria ao testar o equipamento. 

“O E-Candangão já foi pensado em democratizar, em trazer todos os tipos de público, todas as classes e reuni-las em um lugar só para se sentirem mais à vontade, independente de opção sexual, cor, se possui algum problema físico ou intelectual, ele foi desenhado para receber todo mundo”, destacou Robielisson.

Por André Loureiro

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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