Entre os dias 13 e 19 de junho de 2021, o Entorno do Distrito Federal registrou 2 mil 914 novos casos, o que representa o terceiro pico de covid-19, nove semanas após o registro do segundo pico. O segundo pico ocorreu entre os dias 4 e 10 de abril de 2021, com o registro de 2.683 novos casos, num intervalo de 31 semanas do primeiro pico que aconteceu entre 30 de agosto a 5 de setembro de 2020, com registro de 2.470 novos casos.
A aceleração é puxada pelo volume de novos casos da cidade de Luziânia (GO) que, conforme em matéria anterior publicada na Agência de Notícias UniCEUB, apresentava sozinha 29% do total de casos acumulados no Entorno, percentual que permanece inalterado, com dados de 5 de julho de 2021. O Entorno registra um total de 86 mil 054 casos confirmados e Luziânia, 25 mil 250.
Fonte: Plataforma JF Salvando Todos
O número de novos casos de óbitos por covid-19 também atingiu o terceiro pico (ver gráfico em vermelho). Na semana de 9 a 15 de maio foram registrados 94 novos óbitos. O número é inferior ao apresentado no segundo pico, que ocorreu entre 4 e 10 de abril de 2021, com 125 óbitos, mas superior ao número de novos óbitos do primeiro pico: 85 óbitos.
O primeiro pico de novos óbitos ocorreu entre 30 de agosto e 5 de setembro de 2020 e a distância entre o primeiro e o segundo foi de 30 semanas. Em contrapartida, entre o segundo pico e o terceiro transcorreram apenas quatro semanas. O Entorno registra um total de 2 mil 245 óbitos, sendo que quatro municípios concentram 56% do total de vidas perdidas: Luziânia, 404 óbitos; Valparaíso de Goiás, 326; Águas Lindas de Goiás, 299; e Formosa, 234.
Fonte: Plataforma JF Salvando Todos
Esses dados mostram que o Entorno do DF vive o que o neurocientista Miguel Nicolelis chamou de efeito sanfona, um abre e fecha conforme sobe ou desce o número de casos e óbitos, em entrevista à BBC – Brasil, em abril de 2021.
Para o estatístico Marcio Watanabe, da Universidade Federal Fluminense (UFF), também em entrevista à BBC Brasil, o Brasil vive de repiques – sobe e desce de casos e óbitos, o que demonstra que o vírus Sars-CoV-2 continua circulando e a transmissão continua alta. Por isso, ainda que vacinadas, as pessoas devem continuar utilizando máscara, evitando locais fechados e sem ventilação e fazendo higienização das mãos.
Por Mônica Prado