O aleitamento materno ainda é visto como tabu. Olhares de julgamento, tanto de homens quanto mulheres, são frequentemente enfrentados por lactantes durante a amamentação em público.
Sexualização dos seios femininos e a desnaturalização desse ato de amor predominam no imaginário de preconceituosos.
No Brasil existe a proteção por meio de leis, buscando dar garantias desde 1990. A primeira defesa desse tema está no Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 9º: “é assegurado à lactante o direito de amamentar a criança em todo e qualquer ambiente, público ou privado, ainda que estejam disponíveis locais exclusivos para a prática”.
A necessidade de reforçar esse conceito na sociedade brasileira ainda está presente. Em 2019, através da Lei nº 514, o Estado precisou estipular uma multa para quem impedisse ou constangesse a mãe de amamentar em público.
Nesta edição do Fala Galera, perguntamos para pessoas na Asa Norte, em Brasília, a opinião delas sobre amamentação em locais públicos.
Confira o vídeo
A maioria dos entrevistados relatou que não se sente incomodado ao presenciar essa cena. “Eu acho que quem se sente desconfortável, está sexualizando um ato que é o primeiro que temos desde o nascimento”, disse a bióloga Karla Tepedino.
Também perguntamos a respeito da necessidade de se cobrir ao amamentar. A mãe de dois filhos, Janaína Marins, disse que fazia questão de cobrir quando amamentava em público, já sentia olhares maliciosos.
É um consenso entre os entrevistados: cabe à mãe decidir como ela se sente melhor nesses cenários e que esteja amparada pelo direito de fazer isso em público, já que é uma necessidade biológica.
Leia mais sobre o tema amamentação
Por Juliana Weizel e Maria Tereza Castro
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira