Com a telona preenchida por risos, lágrimas e música, a história de “Mufasa: O Rei Leão“, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (19). Junto com a leoa Kiara, filha de Simba e Nala, e com Timão e Pumba, ouvimos a história do Rei Mufasa, antes um órfão e chamado de “desgarrado”, conforme explica o macaco Rafiki. Mufasa desenvolve a história do patriarca da família.

Em uma trama de histórias das diferentes gerações desde os pais de Mufasa até sua quarta geração, o filme mostra a superação e união daqueles animais que ficaram órfãos ou foram rejeitados e lutam pela vida com instintos animais, mas sentimentos humanos e de forma emocionante.
Sem deixar de fora os clássicos “Ciclo da Vida” e “Hakuna Matata”, o filme traz conflitos e realismo na construção das imagens e movimento dos animais e da natureza.
Assista ao trailer
Passado e presente
Apesar de a história principal ser de Mufasa, a trama começa de onde parou o último filme: com Simba, Nala e a filha do casal de leões. O diretor do filme usou a pequena leoa para se interessar e ouvir a história protagonista com os telespectadores, o que causa um certo desconforto.
Enquanto a história de Mufasa, com conflitos entre os leões e decisões de vida ou morte, o filme traz de volta o tempo presente, com a história com Timão e Pumba.
Os dois personagens inseparáveis e responsáveis pelos momentos de humor da trama desde o primeiro filme, mudam de forma drástica o clima do que se passa com Mufasa desde criança até se tornar Rei.
Mas é claro que sentiríamos falta se os dois personagens icônicos não estivessem presentes de novo, ou se não houvesse relação alguma com Simba e Nala no tempo que acabou o filme de 2019.
Por isso, apesar da possível “quebra” de narrativa e, consequentemente, de emoção, foi a forma que o autor encontrou de unir as gerações e trazer os personagens preferidos, o que, por outro lado, nos conforta.
Realismo
O filme feito com técnicas de filmagem em live action e com imagens fotorrealistas geradas por computador, consegue passar o realismo das formas melhor que no filme de 2019 e, principalmente, detalhismo nos movimentos dos animais.

No entanto, algumas expressões dos leões parecem “forçadas”, apesar de outras lembrarem as de um leão “de verdade”, especialmente nos rugidos. Além disso, algumas vozes escolhidas para a versão dublada não combinam com os personagens e, em algumas vezes, não mantêm o ritmo do movimento das falas.
Origem dos personagens
Por mais que Mufasa seja o protagonista por ser, depois de Simba, mais importante de O Rei Leão, a trama viaja nas histórias de outros animais importantes do enredo do primeiro filme, mas que não conhecíamos suas origens e relações de encontro: o macaco Rafiki, a leoa Sarabi, o pássaro Zazu e o leão Scar.
As origens dos personagens nos leva a voltar no primeiro filme e entender determinadas escolhas e personalidades.
Dois filmes
Apesar das relações entre os dois filmes, não é necessário se lembrar completamente do primeiro , ou sequer conhecer a história (apesar de ser melhor assim).
De qualquer forma, vale a pena acompanhar e se emocionar com a jornada de Mufasa até se tornar Rei, ver de onde ele veio, e sair da sala de cinema com vontade de assistir ao primeiro filme de novo (ou pela primeira vez).
Ficha técnica:
- Dirigido por Barry Jenkins
- Produzido por Adele Romanski, Mark Ceryak
- Elenco: Abdul Salis, Thandiwe Newton, Theo Somolu, Tiffany Boone, Dominique Jennings, Lennie James, Anika Noni Rose, Preston Nyman, Billy Eichner, Kelvin Harrison Jr., Folake Olowofoyeku, Braelyn Rankins, Thuso Mbedu, Joanna Jones, Kagiso Lediga, Mads Mikkelsen, Sheila Atim, Keith David, Aaron Pierre, Blue Ivy Carter, John Kani, Donald Glover, Beyoncé Knowles-Carter, Seth Rogen
- Com canções de Lin-Manuel Miranda
- Tempo: 1h58min
Por Milena Dias
A repórter assistiu ao filme a convite da Espaço Z
Com supervisão de Luiz Claudio Ferreira