Futuro ministro da Saúde já atacou “Mais Médicos” e possível descriminalização do aborto

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O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), indicado, nesta terça (20/11), para chefia do Ministério da Saúde do próximo governo, já se manifestou em diferentes ocasiões a respeito de pautas polêmicas, como o programa “Mais Médicos” e sobre o aborto. As opiniões trazidas em discursos estão alinhadas ao que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem tratado publicamente.

Há cinco anos, por exemplo, o deputado comparou, em discurso no plenário, o programa Mais Médicos com a escravidão. “Não se negociam pessoas. O Brasil se comprometeu a não explorar física e intelectualmente ninguém, apesar de ter sido um dos últimos países a abrir mão da escravidão. Naquela época, discursos também eram feitos para se dizer que, se acabasse a escravidão, o Brasil iria acabar”. Na ocasião ainda criticou o esquema de repasse de recursos para o governo cubano e para  a 5% para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). “O Advogado-Geral da União disse que o Brasil não concederá asilo político”.

Em outro momento, no mesmo ano, o deputado divulgou que estava baseado em uma reportagem para afirmar que o Partido dos Trabalhadores obrigava os médicos estrangeiros (particularmente os cubanos) a estarem filiados à legenda para participarem do programa.  

O futuro ministro também criticou o que ele considera “medidas abortistas”. “É preciso deixar claro que em nosso País a eugenia – o aborto eugênico – não é prevista em lei. E no caso de microcefalia, numa eventual contaminação pelo zika vírus, este diagnóstico só é feito após a 25ª ou 26ª semana de gestação, o que seria caracterizado como assassinato ao feto, o feticídio, com o que nenhum país do mundo concorda. Então, registro aqui o repúdio contra essa sugestão de aborto eugênico, o que só reforça o preconceito contra a pessoa com deficiência.”

Por Vinícius Heck

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

 

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