Nesta sexta-feira (15), foi realizada a 5ª edição do “Tecnokart Só Para Elas”, corrida destinada somente para mulheres em uma das categorias mais clássicas do automobilismo. O torneio, que ocorreu no Ferrari Kart, ao lado do Estádio Mané Garrincha, contou com 28 pilotos e foi marcado pelo tradicional clima familiar e o objetivo de introduzir cada vez mais mulheres no kart.
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Independente de quem chegou em primeiro ou último, todas as pilotos saíram como vencedoras no “Tecnokart Só Para Elas” (Foto: Arthur Ribeiro)
A competição retornou após mais de um ano parada em detrimento da pandemia da Covid-19. Agora, o intuito é recuperar o tempo perdido e realizar um torneio maior em 2022, tendo em vista que esta edição contou com apenas três corridas, duas baterias qualificatórias e a final. Para a próxima, a organização do Tecnokart almeja estender a duração para 6 meses, com um campeonato que contemple seis ou mais etapas.
A 5ª edição ocorreu neste mês especialmente para homenagear o Outubro Rosa, época de conscientização contra o câncer de mama. Todas as corredoras receberam camisetas personalizadas na cor rosa e um troféu comemorativo pela participação no torneio.
Segundo Álice Alinne, uma das organizadoras, o evento é importante para introduzir mulheres no meio automobilístico, especialmente por se tratar de uma corrida que contém muitas iniciantes. Um dos fatos que atesta o comprometimento da instituição com as novatas é que a piloto mais jovem possui apenas 15 anos.
Havia forte presença de “torcida” do lado de fora da pista apoiando as corredoras (Foto: Arthur Ribeiro)
Álice conta que, para ela, a realização da corrida tem um sabor especial, uma vez que o torneio foi sua porta de entrada no kartismo anos atrás e hoje já compete na categoria profissional. Ela também ressaltou o cuidado da organização em filtrar as inscrições para o campeonato, com foco em evitar competidoras mais experientes em meio às iniciantes, o que poderia vir a ser frustrante para as principiantes.
Gustavo Rocha Dutra, diretor do Tecnokart, comentou sobre o “Só Para Elas” em tom de inclusão. Para ele, as mulheres ainda sofrem com o machismo no meio do kart, entretanto o torneio serve como uma das oportunidades para um crescimento além das pistas, principalmente como sociedade. “Quem está afim, vem e corre (de kart)”, comentou.
Mesmo no escuro da noite, as pilotos brilharam na pista do Ferrari Kart (Foto: Arthur Ribeiro)
Uma das pilotos que participou da corrida, Giselle Verdejo, voltou ao kart após 7 anos sem correr e conta que, apesar de seu retorno ter sido desafiador, o ambiente da categoria ajudou a trazer boas sensações de volta. “É um lazer que agrega muito às pessoas. Ficamos com menos máscaras do dia a dia, puros, do jeito que a gente é mesmo. Por isso, a intensidade do kartismo é muito gostosa e acaba durando bem mais que 20 minutos de corrida”, disse.
Por Arthur Ribeiro e Thiago Quint