O caminhoneiro Natanailson Silva, que viajou de Tangará da Serra (MT) para Brasília (DF), a aproximadamente 1,3 mil km de Brasília, para protestar contra a vitória de Lula nas eleições presidenciais, diz que só vai embora quando houver intervenção federal.
‘’Da minha parte, não tenho dia para ir embora. Nós vamos ficar aqui até isso ser resolvido. A esquerda tem que sair fora’’. O caminhoneiro clama por Intervenção Federal. Questionado sobre o tema, não soube responder o que seria essa intervenção.
No setor militar urbano, é raro algum manifestante disposto a falar com a imprensa. Natanailson Silva foi o único que concordou em falar no dia em que o ministério da Defesa divulgou um parecer de que não houve fraude nas urnas. Os manifestantes ficaram contrariados com a divulgação.
Extremistas
O segundo turno das eleições, realizado no último dia 30 de outubro, elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República. Desde então, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e extremistas da direita se manifestam diariamente no Setor Militar Urbano do Distrito Federal.
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Os manifestantes mencionam estarem protestando a favor da democracia, porém são contrários ao resultado da eleição e alegam fraude nas urnas.
Com cartazes solicitando Intervenção Federal e apoio das forças armadas, o movimento antidemocrático completou duas semanas de atuação no DF e agora conta com apoio de caminhoneiros que desembarcaram em Brasília na tarde desta quarta feira (9), o mesmo dia que o Ministério da Defesa entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um relatório de fiscalização das urnas e do sistema eleitoral.
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Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cerca de 115 caminhões ocuparam o Setor Militar Urbano (SMU), local onde apoiadores de Jair Bolsonaro realizam os protestos.
Em entrevista à Agência de Notícias do CEUB,
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Com a chegada dos caminhoneiros, a Polícia Militar interditou a entrada próxima ao SAAN com cones. Os motoristas tentam negociar a entrada dos veículos com o Exército Brasileiro.
O TSE atesta que não houve nenhum tipo de fraude nas eleições para Presidência da República, o órgão diz que as urnas são auditáveis e confiáveis.
Por Pedro José Santana (texto e fotos)
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira