
Duas Organizações não Governamentais que amparam pacientes com dependência química têm conseguido se manter apenas com doações e vendas de materiais produzidos pelos próprios voluntários.
A organização Fazenda da Esperança com capacidade de atender 36 mulheres. Hoje possui apenas 5 pacientes e pertence a pequena parte das instituições para dependentes químicos voltadas ao gênero feminino e o tratamento tem duração média de um ano. “A gente trabalha com três pilares que são, o trabalho, a convivência e a espiritualidade, o primeiro passo é a pessoa querer, escrever uma carta de punho próprio.” disse Rosany Cristina Carvalho, diretora da ONG Fazenda da Esperança.
De acordo com o fundador da ONG Salve a Si, José Henrique França Campos, as organizações femininas estão em menor número, devido muitas mulheres terem vergonha de admitir que estão no mundo das drogas e por ter uma certa resistência e preconceito por parte da sociedade patriarcal. Acrescenta que ao contrário dos homens, a mulher quando para de usar certas substâncias, seu libido aumenta. “A sociedade não da abertura para uma mulher que recebeu um tratamento de dependência química, pois reprime muito e é muito preconceituosa” disse José Henrique França Campos, fundador da ONG Salve a Si.

Nas clínicas voltadas para mulheres, há uma porcentagem de 80% de recuperação e ressocialização. Algumas dessas instituições preveem como parte da reabilitação o trabalho em prol do funcionamento da ONG e contribui para o crescimento profissional das dependentes químicas. Visa que mães de crianças com até três anos de idade e gestantes são autorizadas a permanecer nessas clinicas.
A liberdade familiar nas instituições é restrita, a primeira visita ocorre depois de três meses no processo de reabilitação, posteriormente passa a ser mensal. Implica no desenvolvimento pessoal do usuário, visto que o meio exterior influencia negativamente na recuperação do paciente.
Colaboraram: Carolina Monteiro, Helder Felipe, Hugo Filipe, Leticia Noronha e Nathalia Kuhl.