Na história do grafite, raízes a brotar,
Vem do hip-hop, um movimento a pulsar.
Nos anos setenta, em Nova York começou.
No Brasil, com o talento de Alex e Os Gêmeos se espalhou.
Mas na capital do país, a luta ainda persiste,
O reconhecimento é tímido, a arte ainda resiste.
Maria Fernanda Derntl, na UnB a ensinar,
Diz que a arte é polêmica, difícil de explicar.

Na história do grafite, raízes a brotar,
Vem do hip-hop, um movimento a pulsar.
Nos anos setenta, em Nova York começou.
No Brasil, com o talento de Alex e Os Gêmeos se espalhou.
Mas na capital do país, a luta ainda persiste,
O reconhecimento é tímido, a arte ainda resiste.
Maria Fernanda Derntl, na UnB a ensinar,
Diz que a arte é polêmica, difícil de explicar.
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“Alguns veem como arte, outros como vandalismo,
Mas na essência do grafite, há um forte realismo.
É a voz da periferia, que clama por espaço,
Um lugar para se expressar, um tempo para ter traço.”
Nas quadras de Sobradinho, uma artista surgiu,
E a voz de Nics SDN, nos muros reluziu.
Com o spray, retrata a vida na quebrada,
A luta, o sonho, a esperança estampada.
Entre muros esquecidos, as cores se revelam,
Gritam resistência, para que ninguém mais as velem.
“Faltam incentivos, reconhecimento e apoio.
A arte na periferia é uma forma ocupar,
reivindicar, embelezar e resistir”, declara com fervor.
Nics aponta os desafios impostos pela cidade,
“Não é como São Paulo, onde o muro é amor.
Aqui, é preciso inovar, encontrar a solução,
Criar novas maneiras de fazer revolução.”
Mas a artista não desanima, ela segue a lutar,
Com cada pincelada, traz representatividade a quem ousa sonhar.
“Ele explora o cotidiano e o olhar.
É capaz de transformar um muro sem vida
em um espaço de comunicação, afeto e reflexão.
O grafite é voz.”
Cada traço ressoa, um grito em expansão.
A cidade é um palco, onde a arte não cessa.
Por meio do grafite, a periferia pede atenção.
Por Maria Clara Abreu e Maria Eduarda Fava
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira