Tentativa de criminalizar a pesquisa é busca por limitar divulgação, analisa diretor da FSB

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O pesquisador Marcelo Tokarski, diretor da agência FSB em Brasília, entende que o projeto que tramita no Congresso para criminalizar pesquisas eleitorais está perdendo força, mas que tem como principal objetivo limitar a divulgação. “Isso é um equívoco porque limita informações para a sociedade”.

Leia mais sobre pesquisas: não há obrigação de acertar

Tokarski salienta que não se pode desconsiderar a real intenção do eleitor ir até a urna, o que interfere no resultado. Confira abaixo o vídeo

Ele contextualiza que as pesquisas devem ser vistas como fotografias, e não como um diagnóstico do que vai ocorrer no dia da eleição. “A campanha é um filme e não uma foto”, comparou.

O comunicador considera que, durante o período eleitoral surgiram muitos questionamentos em relação às pesquisas eleitorais, partindo de um pressuposto de que a pesquisa precisa cravar de fato o resultado das urnas. Marcelo Tokarski faz comparação com as eleições de 2018 onde as pessoas confiavam mais nas pesquisas e que não havia dúvidas.

 “Geralmente o lado perdedor tenta usar as pesquisas talvez para desacreditar do próprio resultados das urnas. Estamos passando também por outros questionamentos que são em relação às urnas eletrônicas, e que comprovadamente são muito confiáveis”. 

As pesquisas são feitas por métodos científicos, e as instituições procuram se preparar da melhor forma possível para que não haja erros. São usadas 3 metodologias, a pesquisa domiciliar, a presencial e a chamada CAT (Entrevista Telefônica Assistida por Computador) feita através de um computador ou por telefone. Além de tudo antes de ser realizado o estudo é necessário questionários com as informações de cada grupo que deverá ser entrevistado.  

“Olhem com olhar crítico, quem tá contratando, de onde é esse instituto, que o instituto é esse, a gente tem um instituto nessa eleição que nunca tinha feito uma pesquisa eleitoral e o CNPJ foi comprado em dezembro do ano passado. esse instituto está ligado”, diz o pesquisador. 

Marcelo esteve presente na última segunda-feira (07/11) no Ceub, em roda de debate com o tema “Desinformação e Responsabilidade Social”, na oportunidade ele esclareceu métodos das pesquisas e respondeu dúvidas dos alunos presentes. 

Por Nathália Maciel
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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