Atletas mulheres da Polícia Civil do Distrito Federal vão competir, nos Estados Unidos, de 27 de junho a 6 de julho, na 21ª edição do World Police and Fire Games. Inclusive, uma seletiva foi realizada no ginásio do Clube da Portuguesa, em Taguatinga .
Os jogos são regidos pela Federação Atlética da Polícia da Califórnia, pelo Conselho de Administração da WPFG e pela cidade anfitriã, que este ano será Birmingham, nos Estados Unidos.
Concorrência pesada
Outras forças de segurança, como Polícia Militar e Polícia Federal de diversos estados, também levarão seus profissionais para os jogos.
Cerca de 15 agentes da PCDF disputam 10 vagas do time feminino de vôlei para a competição.
Recém aposentada da corporação, coordenadora e participante da equipe, Gilma Bomtempo, de 55 anos, viajará com o time pela terceira vez e frisa que a sensação de representar a PCDF fora do país é maravilhosa.
“Somos muito bem vistos lá fora, o pessoal sempre apoia muito o esporte. As cidades param para assistir jogos, fazem desfile na rua, saem na rua, o pessoal para para ver. É muito bom”, comunica.
A coordenadora também falou sobre a qualidade e a união do elenco. “Tem amizade aí de 20, 25 anos e as que chegaram agora também já se sentem em casa. É uma família”, confessa.
Para Vanderlei Fernandes Malta, de 42 anos, diretor de esportes, benefícios, cultura e políticas sociais do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (SINPOL-DF), o objetivo principal vai muito além da participação nos jogos mundiais.
A ideia, sim, é a de promover a prática de atividades físicas entre os policiais para melhorar a saúde física e mental.
“A atividade física é vista como um remédio importante para combater a depressão, que afeta muitos policiais. 70% dos policiais falaram que já tiveram um caso de depressão. Um agente saudável, que pratica esporte, vai atender bem a população. É benéfico para todos”, declara.
O diretor também ressaltou que a equipe treina regularmente e está pronta para qualquer desafio.
“Estamos em terceiro lugar do mundo. A polícia é muito competitiva, trouxemos 157 medalhas na última edição, que foi no Canadá. E esse ano não vai ser diferente, queremos aumentar o número, a gente está preparado”, afirma.
Segundo Vanderlei, são mais de 10 mil atletas do mundo inteiro e mais de 60 modalidades ao longo dos 10 dias.
A papiloscopista Sther Campos, de 56 anos, da Polícia Civil, e oposta do time de vôlei nas horas vagas, irá viajar com a delegação pela primeira vez para fora do país, destaca que a expectativa para os jogos está lá em cima e explica como concilia o trabalho e os treinos.
“Treinamos de manhã e cumprimos o expediente à tarde. O esporte não pode faltar na nossa vida, principalmente porque a profissão é estressante, então é o lugar da gente tirar o estresse”, reforça.
Próxima edição
Como a WFPG é tradicionalmente organizada de dois em dois anos, a próxima edição será em 2027. O lugar dos próximos será Perth, cidade localizada na Austrália com mais de 2 milhões de habitantes.
Por Leonardo Rodrigues
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira