O Papa Francisco, que morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos, ficou conhecido, além da liderança espiritual dos católicos, pela admiração pelo futebol.
Torcedor declarado do San Lorenzo, clube tradicional argentino, aproveitava ocasiões em público para falar sobre o esporte, craques e costumava receber camisas de clubes em eventos.
Papa Francisco recebe flâmula do time argentino San Lorenzo – Foto: San Lorenzo
Fã de Pelé
Em 2023, ao ser questionado por repórter da emissora italiana Rai, sobre quem foi maior entre Messi e Maradona, o Papa respondeu: “Eu coloco um terceiro: Pelé, são os três que eu segui; Maradona, como jogador foi grande, mas como homem, falhou. Messi é corretíssimo, um cavalheiro; mas para mim, desses três, escolho Pelé, é um homem de bom coração.”
Dias antes da morte de Pelé, em 2022, o então governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, fez uma visita ao Papa no Vaticano, onde tiveram uma breve conversa. –“Apaixonado por futebol, o Papa nos disse que está rezando pela vida do nosso Rei do Futebol, o Pelé“- escreveu Garcia em foto publicada nas redes sociais cumprimentando o líder religioso.
O maior jogador de todos os tempo morreu em 29 de novembro de 2022.
Após um ano da morte de Pelé, uma celebração organizada pelo Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, por meio do Núcleo Esporte e Fé, e a Fundação Pelé, a imagem da camisa 10 da Seleção usada pelo Rei do Futebol foi reproduzida no principal cartão postal do Rio de Janeiro e do Brasil.
Carta
Uma carta escrita pelo Papa lamentando o falecimento do ex-jogador também foi reproduzida durante o evento.
Carta do Papa Francisco enviada homenageando Pelé – Foto: Reprodução
Livro
Em seu livro, “Francisco: a compaixão transforma a vida das pessoas e das comunidades”, publicado em 2022, o pontífice conta que na infância nunca foi um craque dentro de campo.
“Quando eu era jovem, sempre me colocavam para ir no gol porque eu jogava mal. Diziam que eu tinha dois pés no mesmo sapato.”
Ao longo dos anos, Jorge Bergoglio recebeu visitas no Vaticano de jogadores e as estrelas mais proeminentes do esporte mais popular do mundo, como Ibrahimovic, Buffon e Ronaldinho. Autografou diversas camisas de times e bolas vindas de todos os continentes do planeta.
Em 2014, num gesto de aproximação com a Igreja Católica, Dilma Rousseff teve um encontro com o Papa no Vaticano, onde pediu em tom descontraído para que Francisco deixasse a rivalidade entre Brasil e Argentina de lado na Copa do Mundo, de modo que nenhuma ‘Mão de Deus’ interferisse nos resultados da competição.
Dilma Rousseff presenteia Papa Francisco com camisa da Seleção Brasileira. Foto: Roberto Stuckert
Por Arthur Lopes
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
