Cenário vai melhorar em 2016, diz economista

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O economista Ricardo Amorim, conhecido como comentarista da GloboNews, previu, nesta quarta-feira (26), que o cenário econômico no Brasil deve melhorar a partir do ano que vem. “Há mais umas duas ou três décadas favoráveis aos países emergentes. No Brasil, os erros estão sendo consertados, aos trancos e barrancos, mas estão. Começamos a colocar a casa em ordem neste ano”, disse. Assista à entrevista

Ele entende que há uma tendência de crescimento do PIB também a partir de 2016. “Devemos crescer pelo menos 1%. Olhem para os países emergentes, como a China e a Índia, que têm grande parte da população em área rural”. Os emergentes nunca cresceram tanto como na primeira década do século 21. Por outro lado, Amorim explicou que existe uma “bolha” econômica nos Estados Unidos que “ninguém comenta”, e que foi proporcionado pela crise de 2008.

No Brasil, o período dourado, segundo Amorim, foi no período do governo Lula. Ele cita que o incentivo ao emprego foi itensificado e a produtividade aumentou também. “Uma época que o salário subia mais que a inflação”. Com a crise global, a produtividade do Brasil despencou. Há 6 anos a produtividade do Brasil estagnou.

Oportunidade

O Brasil é um país de boas perspectivas, incluindo o agronegócio, segundo o economista. “Pelo menos 40% da área de plantio está no país. As cidades do interior começaram a crescer mais do que os grandes municípios. O interior está se beneficiando do crescimento do agronegócio. O Centro-Oeste foi a região que mais cresceu no Brasil por ser fronteira agrícola”.

O economista ainda destacou a influência do Bolsa Família nas regiões Norte e Nordeste porque os brasileiros passaram a consumir mais, tudo o que ganham. “Sul e Sudeste crescem menos no Brasil, mas representam três quartos da economia nacional. Isso é problemático”. Ricardo Amorim defendeu que as maiores oportunidades acontecem em meio a crises. “Ao invés de olhar para o problema, é necessário criar. É fácil colocar a casa em ordem? Não é fácil”

Bolha imobiliária?

De acordo com o economista Ricardo Amorim, o preço dos imóveis no Brasil não vai despencar. “No Brasil, por exemplo, os imóveis estão bem mais baratos do que países africanos, e muito perto da média mundial”, contextualizou. Em Brasília, o nível voltou ao normal depois da retração do início da década. “Não estou dizendo que está barato, está justo”.

Em relação às construções, o Brasil lançou200 mil imóveis comerciais em 2013. Nos Estados Unidos, foram 2,1 milhões e na China, 22 milhões. “Lá tem muito mais bolha do que aqui. Não tem excesso de oferta, mas falta de demanda, além da população estar temerosa com a crise. Aqui está a oportunidade para quem quer investir agora já que está tudo mais barato”, exemplificou.

 

Por Lucas Valença e Luiz Claudio Ferreira

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