O frio passou, mas não as consequências. O mês de julho, além do frio intenso, trouxe também grande prejuízo para produtores e consumidores de legumes e vegetais. De acordo com o produtor rural Willian Maia das Cruzes, que há 15 anos fornece hortaliças para compradores do Ceasa, julho foi um dos meses de pior rendimento de suas plantações. Segundo ele, as baixas temperaturas prejudicaram o crescimento e fortalecimento dos vegetais, enquanto a umidade ajuda na proliferação de fungos na plantação.
Além da diminuição na produção e na venda, os produtores precisam usar mais adubo e fertilizantes nas plantações, aumentando assim seus gastos e consequentemente o valor que os legumes e vegetais serão revendidos. “Com a baixa produção e aumento nos gastos, nossa única opção é aumentar os preços”, diz um vendedor.
O impacto maior foi no preço de tomate (48,54%), quiabo (44,92%), pepino (38,10%) e berinjela (37,21%). No entanto, a batata lisa apresentou queda de -30,98%, segundo dados coletados pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). No entanto, o economista Gabriel Miranda acredita que os preços devem cair novamente nos próximos meses, já que a temperatura voltou a subir. Para ele, é natural que com a escassez dos produtos haja um amento dos preços.
Segundo Rita Rodrigues, de 39 anos e mãe de uma menina de um ano, a solução foi reduzir as compras. “Esse mês tivemos que diminuir na compra de alguns legumes. Não dava para comprar tudo, ficava muito caro”. Outra solução de Rita foi substituir os legumes que estavam com preço maior, procurando por opções mais baratas. “O preço sobre, o preço cai… Uma hora a gente acaba comprando dando certo” diz ela.
Por Amanda Freire
Imagem: Fotos públicas