Produtores de morango no Distrito Federal entendem que a crise econômica tem abalado o cultivo e as vendas da fruta, que é considerada uma das principais culturas da região de Brazlândia (7º maior exportador de morangos do Brasil e 1º maior do centro-oeste). “Preço das mudas, irrigação, conta de água, luz, adubação, tudo isso subiu. Pegamos coisas que tínhamos dos plantios passados e pesquisamos muito os preços, se não fizéssemos isso, não conseguiríamos”, comenta a fazendeira Mariana Maria. Ela acrescenta que a linha de crédito para insumos do morango ficou menos acessível com a crise.
De acordo com outro produtor, Ednaldo Pereira, o comércio diminuiu bastante. “A crise fez com que produzíssemos menos morangos, quem vendia em um final de semana 3000 morangos, agora está vendendo 500”, disse. Os produtores reclamam da falta de apoio, que inclui melhora no abastecimento, assistência na produção, criação de leis, fiscalização, disponibilização de transporte para locomoção dos produtos e de maquinário.
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A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAGRI) contrariou a posição dos produtores e garantiu que todo maquinário necessário foi cedido. “Não houve descaso da parte da secretaria, tanto que disponibilizamos, este ano, maquinário para os agricultores”.
Em relação à falta de subsídio governamental para o financiamento da festa do morango deste ano, os produtores informaram que as despesas dos estandes foram por conta própria. “Tiramos do nosso bolso o dinheiro das despesas para festa, estamos contamos com o dinheiro dos ingressos”, esclareceu Milena da Silva, filha de agricultor.
A festa do morango se encontra na 20ª edição e, no próximo final de semana (de 4 a 6 de setembro), acontecerá a segunda parte do evento. Ingressos estão sendo vendidos a R$10 antes das 18h e a R$20 depois das 18h.
Por João Victor Bachilli